Estes novos casos dizem respeito a quatro homens e uma mulher, entre os 18 e os 35 anos, que chegaram num vôo vindo de Lisboa, no dia 21.
As pessoas foram encaminhadas para as unidades de saúde, onde estão internadas, avançou a ministra, que informou que nas últimas horas foram colhidas mais 200 amostras que agora se encontram em processamento.
O Instituto Nacional de Investigação em Saúde está a avaliar a sensibilidade e especificidade de 5000 testes rápidos chegados de Portugal esta semana, disse Sílvia Lutucuta, acrescentando que já estão no país 40 mil reagentes que servem para realização de mais de 40 000 testes.
A ministra garantiu que, com os reagentes e as zaragatoas (material para colectar amostras) doadas pela Fundação Jack Ma, as autoridades sanitárias estão em condições de iniciar a testagem em massa, tão logo termine a avaliação dos testes pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde.
Segundo a responsável ministerial, o Governo adquiriu 680 ventiladores, dos quais 380 para ventilação evasiva e 300 não evasiva, e outros equipamentos para unidades de cuidados intensivos, que devem chegar ao País este mês ou no princípio de Maio.
No âmbito da melhoria da assistência aos doentes da COVID-19, as autoridades angolanas negoceiam ainda a aquisição de 5000 camas para melhorar as condições de acomodação nas unidades hospitalares, onde já foram instaladas 200 de cuidados intensivos, das 600 camas necessárias para atender doentes críticos.
A ministra voltou a lembrar que, em caso de situação descontrolada da pandemia, as autoridades angolanas têm previsto, com base em projecções da Organização Mundial de Saúde (OMS), o pico da pandemia com cerca de 10 mil casos em Junho, dos quais 15%, ou seja, cerca de 1500 casos, com manifestações leves, e 5%, cerca de 500 pessoas, que poderão ter complicações de saúde graves ou morrer.
Para evitar novas contaminações, todos os cidadãos que regressam ao País em voos humanitários vão ficar em quarentena institucional. Neste momento, as autoridades sanitárias preparam-se para receber 283 angolanos provenientes de Cuba, onde faziam consultas médicas.
Sílvia Lutucuta informou ainda que a ronda de visitas às províncias terminou este sábado, e permitiu avaliar as condições mínimas em todas unidades hospitalares de referência do país para prestar assistência aos doentes com COVID-19.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infectou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios e mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Em África, o número de mortes já ultrapassou as 1000, com quase 20 mil casos registados em 52 países. No entanto, a OMS alertou esta sexta-feira que os números da pandemia no continente africano podem ser mais altos do que os declarados por causa da escassez de testes. In “Novo Jornal” - Angola
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