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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 3 de março de 2020

Indonésia - Jacarta: Lançamento da tradução indonésia do livro "Mar das Especiarias", de Joaquim Magalhães de Castro

No dia 03 de março de 2020, é lançada a tradução indonésia do livro "Mar das Especiarias", de Joaquim Magalhães de Castro, intitulada “Lautan Rempah”, publicada, em novembro de 2019, pela editora Elex Media Komputindo. Terá lugar na sala de eventos da Embaixada de Portugal em Jacarta.



A edição original é de 2008 e contou com uma introdução do Senhor Embaixador António Pinto da França. “Camões Instituto da Cooperação e da Língua” - Portugal

A edição em indonésio do livro “Mar das Especiarias”, que detalha a influência portuguesa no vasto arquipélago indonésio é lançado terça-feira na embaixada de Portugal em Jacarta, disse hoje à Lusa o seu autor.

“É uma tradução para indonésio do livro editado em 2008 em português, mas com acréscimos substanciais. A revisão do conteúdo, mais capítulos, algumas mudanças e muitos acrescentos”, contou à Lusa Joaquim Magalhães de Castro.

O investigador e historiador, que vive atualmente entre Portugal, Macau e Indonésia, continua a investigar uma influência que, explicou, se espalha por todo o arquipélago, com sinais no património, mas também na sociedade e na cultura, incluindo musical.

“Tenho continuado a fazer trabalho de investigação. A indonésia é um arquipélago muito vasto e a nível de património de origem portuguesa tem muito para descobrir”, referiu.

“Quando publiquei o livro em 2008, ficou muito trabalho por fazer. Na prática peguei só no fio da meada. Agora, que vivo parte do meu tempo aqui, estou a continuar esse trabalho”, referiu.

Magalhães de Castro refere que na Indonésia, como ocorre em Marrocos, há uma tendência para “tudo o que é antigo ser atribuído aos portugueses”, com a tradição oral, ainda que a carecer de comprovação por outros métodos, a ser um dos canais para chegar à origem real.

“Há sempre que ter algum cuidado com essa tradição oral, mas eu sou adepto do mote de que não há fumo sem fogo. E por isso há que estar atento a essa tradição oral, porque muito do que foi escrito perdeu-se e muito nunca foi sequer escrito”, explicou.

Ainda que nas escolas a imagem dada sobre a presença histórica dos portugueses “seja negativa” – Portugal nunca colonizou o arquipélago mas acaba por ser englobado na ação dos holandeses – Magalhães de Castro insiste numa visão de prestigio que se mantém sobre Portugal e os portugueses.

“O nome Portugal e português aparece, por exemplo, em muitos grupos de motards, em Semarang, Bandung ou noutros locais. No foro popular o termo ‘portuguis’ é sinal de algum prestigio”, referiu.

Um exemplo da influência portuguesa é na música onde a musicalidade portuguesa, incluindo do fado, tem ecos nos estilos musicais dangdut e krocong ou se nota na proliferação do cavaquinho, o juk em indonésio.

Entre as experiências que mais o tocaram, Magalhães de Castro refere o caso da comunidade de lusodescendentes – os mata-biru, ou olho-azul - em Lamno, na província de Aceh, que foi dizimada pelo tsunami de 2005.

O historiado visitou a região antes do tsunami e explica que apesar de muitos dos residentes terem sido mortos a descendência acaba por continuar porque muitos indonésios, especialmente entre empresários e outros da elite indonésia, foram ali buscar ‘noivas’, por serem consideradas especialmente bonitas.

Agora a editora do livro, o grupo Kompas-Gramedia, quer fazer mais conteúdos tendo como ponto de partida o livro.

O objetivo do historiado é publicar um novo livro, em português, com os resultados mais recentes das suas investigações.

A sinopse do livro descreve-o como uma combinação entre “o melhor da narrativa de viagens com uma aventura em busca de uma herança com séculos de existência”, feita 500 anos depois de os primeiros portugueses terem chegado às ilhas Molucas.

Uma viagem de “contornos e sabores exóticos com o objetivo de seguir o rasto dos antepassados no arquipélago indonésio”



Tendo como inspiração a obra “Influência Portuguesa na Indonésia” do embaixador António Pinto da França, o “Mar das Especiarias” (“Lautan Rempah”, em indonésio) é o retrato de uma extensa viagem por vários pontos do país, desde as Flores – onde a influência portuguesa é mais extensa – até à região de Aceh onde o Tsunami de 2005 dizimou uma das comunidades com fortes ligações a Portugal.

Património físico, documentos e a influência na música e na própria língua – há centenas de palavras de origem portuguesa no indonésio – o livro retrata a fusão de duas culturas que permanece ainda hoje.

O lançamento, amanhã, 03 de março, conta com a presença do autor, do embaixador português em Jacarta, Rui Carmo, e com os responsáveis do grupo editorial Kompas-Gramedia. In “Facebook” com “Agência Lusa”

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