*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sábado, 18 de janeiro de 2020

Timor-Leste - Associação procura fundos para reabilitar escola



A Associação de Reabilitação do Edifício Escolar Reino Kelicai – Timor-Leste está à procura de apoios financeiros para conseguir reabilitar a Escola Secundária D. Carlos Filipe Ximenes Belo, em Timor-Leste. Ao Ponto Final, o bispo D. Ximenes Belo salientou a importância de reabilitar e preservar o edifício histórico e assim “perpetuar a cultura portuguesa em Timor”.

O edifício escolar do reino de Kelicai, actualmente designado por Escola D. Carlos Filipe Ximenes Belo, foi construído em Timor-Leste em 1932 sob a administração do tenente Pinto Correia, um português natural da Madeira. Funcionou durante cerca de uma década até à invasão japonesa, em 1943, na qual os soldados ocuparam a vila de Kelicai durante três anos. A escola não mais funcionou, e a situação agravou-se com a invasão indonésia no início dos anos 80. “Fizeram daquilo um quartel e destruíram tudo, apenas ficaram as paredes”, começou por recordar o bispo D. Ximenes Belo em entrevista por telefone ao Ponto Final.

Em 2014, porém, as aulas recomeçaram, embora em condições muito precárias, cobrindo as salas com folhas de zinco, bambu e folhas de palmeira. “O Governo [timorense] decidiu que não havia boas condições. Queriam um novo edifício, mas até agora foram apenas promessas”, lamentou Ximenes Belo.

Foi então que, em Outubro de 2018, foi criada a Associação de Reabilitação do Edifício Escolar Reino Kelicai – Timor-Leste (AREESK-TL), que conta com Fernando Carvalho, um dos principais dinamizadores da iniciativa, como Presidente Executivo, e o bispo D. Ximenes Belo como Presidente da Assembleia-Geral. O objectivo passa por recolher 400 mil dólares americanos (cerca de 360 mil euros) para reabilitar o espaço destinado a albergar cerca de 200 alunos do ensino secundário, e que ali poderão aprender o português. “Tem como objectivo preservar e perpetuar a cultura portuguesa em Timor. É um pedido mesmo da população, é um edifício histórico e convém preservar e reabilitar para que as crianças possam aprender bem a língua, a história e a geografia de Portugal”, sublinhou Ximenes Belo, que foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz em 1996.

O presidente da Assembleia-Geral da AREESK-TL recordou que os programas de ensino “são reconhecidos oficialmente”, e que a reabilitação da escola é também “para benefício do Estado”.

Segundo Fernando Carvalho, o valor angariado pela associação até agora ronda os 25 mil euros, um número bastante longe dos cerca de 360 mil euros necessários. Desta forma, o Presidente Executivo da AREESK-TL apela também a Macau, território rico em recursos financeiros, para que possa de alguma forma contribuir.

Ximenes Belo, por sua vez, tenta seguir o mesmo caminho. “Já falei com o Presidente da República, ministros, mas até agora não há nenhum subsídio da parte do Governo. Até em Portugal vamos batendo às portas… e pronto, vai-se recolhendo, pouco a pouco, mas não chega”, acrescentou o bispo timorense.

Ximenes Belo reiterou a importância de manter viva não só a língua portuguesa em Timor-Leste, como também toda a sua cultura, tradições e história. “Está na Constituição, mas depois não ensinamos português e começamos a falar dialectos, é uma contradição”, concluiu. Pedro Santos – Macau in “Ponto Final”

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