Em Bissau, a chefe dos Assuntos Políticos e da Consolidação da Paz incentivou as partes a cumprir e respeitar o Estado de direito, a representante teve reuniões com os líderes guineenses, incluindo o presidente cessante do país e os candidatos que disputaram as eleições presidenciais
A subsecretária-geral da ONU para os Assuntos Políticos e Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, considerou encorajador que as partes interessadas na Guiné-Bissau tenham recorrido a meios legais para resolver a disputa eleitoral no país.
A representante saudou a realização de eleições pacíficas, cujo resultado das presidenciais é disputado pelo partido PAIGC. As agências de notícias informaram que o Supremo Tribunal da Justiça adiou a decisão sobre este caso e pediu que seja cumprida uma formalidade legal pela Comissão Nacional de Eleições, CNE.
Cooperação
Falando esta terça-feira, em Bissau, a representante disse que as Nações Unidas incentivam as partes a continuar cumprindo e respeitando o Estado de direito.
A chefe dos Assuntos Políticos e da Consolidação da Paz manteve encontros de alto nível com as autoridades do país, incluindo com o presidente cessante, José Mário Vaz.
No fim da reunião com o chefe de Estado guineense, Rosemary DiCarlo disse que queria dar os parabéns ao presidente por terminar o mandato, pelos resultados obtidos e pela “excelente cooperação que a ONU tem mantido com ele e com a Guiné-Bissau nos últimos anos.”
A chefe dos Assuntos Políticos e Consolidação da Paz reuniu-se com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá.
A visita incluiu contactos separados com os dois candidatos à segunda volta das presidenciais: Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoko Embaló, declarado vencedor do escrutínio após a divulgação dos resultados provisórios.
Parceiros
Rosemary DiCarlo esteve no país acompanhada do chefe do Escritório da ONU para a África Ocidental, Unowas, Mohamed Ibn Chambas, e da representante especial do secretário-geral na Guiné-Bissau, Rosine Sori-Coulibaly.
A subsecretária-geral disse que a ONU acompanha a evolução dos factos no terreno e mantém uma estreita coordenação com os outros parceiros internacionais, em particular com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO.
Questionada sobre o possível fim do mandato da missão política ainda em 2020 e se a ONU poderia levantar as sanções impostas a alguns cidadãos do país, DiCarlo destacou que essas questões seriam decididas pelo Conselho de Segurança após uma análise em momento oportuno. ONU News – Nações Unidas
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