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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Angola – O turismo chega de comboio



Angola recebe dentro de uma semana o primeiro comboio turístico, proveniente de Dar Es Salaam, Tanzânia, que traz ao país mais de 100 turistas estrangeiros para uma estada de oito dias, num itinerário promovido pela sul-africana Rovos Rail.

Esta atividade foi anunciada em conferência de imprensa pela coordenadora da Benguela Turismo, Rebeca Barreiros, e responsáveis do Ministério da Hotelaria e Turismo de Angola.

O comboio chega a Angola, entrando pela fronteira do Luau, província angolana do Moxico, no dia 26 de julho, com 53 turistas norte-americanos, suíços, australianos, belgas, neozelandeses, holandeses e sul-africanos, que pagaram pacotes turísticos entre 12.000 a 25.000 dólares (cerca de 10.700 a 13.360 euros).

O segundo grupo, de 54 turistas, chega a Luanda, por via aérea, permanecendo na capital por alguns dias, antes de seguirem para Benguela, terminando a viagem em Dar Es Salaam.

Em declarações à imprensa, Rebeca Barreiros disse que este é um ano experimental, estando já previstas outras duas viagens para 2020 e 2021, tendo Angola incluída no itinerário.

“A empresa optou por um número menor de turistas, para ver qual era a aceitação do turismo internacional, que foi bastante grande, sendo que já estão confirmadas duas partidas” em julho de 2020 e 2021, disse Rebeca Barreiros.

Segundo a responsável, em 2021, um dos trajetos, já está totalmente vendido a um operador australiano e um neozelandês, significando “sucesso garantido para esse ano”.

Questionada pela agência Lusa se já se estudou a possibilidade de o trajeto ter início em Angola, Rebeca Barreiros respondeu afirmativamente, salientando que é uma hipótese em análise.

“Está a ser estudada essa situação, estão outros itinerários também a ser estudados para que a partida seja a partir do Lobito. Acredito que a Rovos Rail posteriormente tenha esse pensamento, ou seja, iniciar no Lobito viagens, ir e voltar”, frisou.

A escolha da Tanzânia deve-se à facilidade de ligação ferroviária entre os vários países, por onde vai passar o comboio – Zâmbia, República Democrática do Congo e Angola.

“O comboio que chegará a Angola partiu da Cidade do Cabo [África do Sul] numa data anterior e faz toda a costa africana até à Tanzânia e talvez no futuro comece a haver essa possibilidade de um [trajeto] Lobito/Vitória Falls [Zimbabué], que é possível, as linhas comunicam-se, Lobito/Cidade do Cabo, quem sabe, porque a linha de Vitória Falls/Cidade do Cabo é a mesma”, salientou.

Rebeca Barreiros disse que o comboio se assemelha a um hotel de cinco estrelas, apresentando “luxo e requinte, para um segmento de alto turismo”, com serviço de exclusividade, garantido por um ‘staff’ permanente, sem necessidade de os clientes saírem do comboio para pernoitarem num hotel.

“Todas estas carruagens são recuperadas de comboios que estiveram em circulação na África do Sul, são todas trabalhadas nas estações da própria Rovos Rail, são todos recuperados com a mesma característica, o mesmo ‘design’, o mesmo ‘layout’, ou seja, vai buscar um bocadinho o ‘glamour’ dos comboios antigos, o Sud Express, por exemplo, que havia antigamente em Istambul e Paris”, referiu.

Em Angola, os turistas que entrarem pelo Luau vão realizar visitas nas províncias do Bié, Huambo e Benguela, tendo como última etapa Luanda.

Por sua vez, o diretor nacional de Qualificação de Infraestruturas e Produtos Turísticos do Ministério da Hotelaria e Turismo, Afonso Vita, disse que Angola beneficia com este comboio turístico, porque “em todos os sítios onde vai passar haverá visitas e os visitantes poderão consumir e comprar o artesanato”.In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”

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