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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Macau – Simbiose cultural exposta na fachada do “Macau Art Garden”

Foram azulejos portugueses que serviram de inspiração base ao projecto de renovação da fachada do “Macau Art Garden”, mas as cores que lhe dão forma têm influência cultural chinesa, indicou à Tribuna de Macau o artista Joaquim Franco, envolvido no projecto



A fachada do “Macau Art Garden”, um edifício dedicado à criação artística, está em transformação. A renovação está a ser conduzida pelas mãos do artista Joaquim Franco. A ideia inicial era fazer a decoração da fachada voltada para a Avenida D. Rodrigo Rodrigues, com o objectivo de chamar a atenção dos transeuntes para o edifício. Mas, desde o início do seu planeamento, em finais de Outubro de 2018, houve algumas mudanças e as cores estenderam-se por mais paredes.

A ideia teve como inspiração azulejos portugueses, embora a pintura esteja a ser feita com cores chinesas. O interesse do projecto, apontou Joaquim Franco à Tribuna de Macau, está nessa simbiose entre as culturas portuguesa e chinesa. “Normalmente os azulejos portugueses usam mais os azuis, brancos e amarelos, e aqui existem poucos azuis porque na realidade optou-se por usar umas cores de influência cultural chinesa”, indicou.

O artista considera que fazem falta projectos de fusão no território. “Se somos uma sociedade multicultural, e quando pretendemos que Macau seja uma sociedade de turismo internacional, seria uma belíssima forma de mostrar às pessoas que [nos] visitam o que é de facto Macau. Vejo às vezes por aí painéis de ‘street art’ bastante interessantes, mas que no fundo, do ponto de vista cultural, acabam por ser muito o que se vê em toda a parte do mundo. Este projecto tem este interesse de ser uma coisa diferente”, explicou.

Da fachada, onde se usou uma modelação de três azulejos para fazer a decoração, passou-se para outras paredes do edifício e para a entrada no mesmo, onde não havia um projecto definido. Aí, Joaquim Franco decidiu “desmontar” os azulejos, recriando imagens “mais dialécticas” e “movimentadas”. Admitindo de forma ligeira ser suspeito na análise, considera que esta mudança resultou bem.

O projecto é do artista Sio Kit mas nele estão também envolvidos nomes como o de Alice Kok, presidente da Associação “Art For All”, e James Chu, responsável pelo “Art Garden”. É aí que Joaquim Franco tem actualmente o seu atelier. Foi-lhe pedido para fazer a pintura da fachada por ter o cartão da segurança passado pelo Governo, necessário para utilizar o tipo de elevador exterior requerido para a execução do trabalho. “Sou a única pessoa do ‘Art Garden’ que tem esse cartão e que está válido. Portanto, por uma questão de segurança, pediram-me para fazer o projecto e disponibilizei-me”, disse.

Apesar disso, quando chegou ao terceiro andar sentiu que “as condições de segurança não eram as melhores”, tendo parado a pintura da fachada, que deverá retomar num modelo um pouco diferente. “O que se fez foi destruir o padrão para evoluir de outra forma. Acho mais interessante do que repetir o padrão constantemente. E é isso que vai acontecer na fachada ao nível do 4º andar. Quando chegar lá acima começa a destruir-se em vez de se manter igual”, explicou.

O artista caracterizou a reacção das pessoas como fantástica, e espera que o projecto fique concluído no espaço de duas semanas. Entretanto, como projectos que considerava interessante serem abraçados por Macau, deu como exemplo as estações do Metro Ligeiro, que “podiam ser decoradas pelos artistas locais”, à semelhança da estação dos autocarros da nova Ponte do Delta. “Apesar de estar forrada a pedra podia ser decorada com trabalhos de artistas de Macau. Há imensos sítios que podiam ser decorados e desenvolvidos no sentido de criar esta ‘street art’ que está em voga”, sugeriu.

Joaquim Franco nasceu em Portugal e veio para Macau com 33 anos, para trabalhar na equipa de arqueologia do Projecto de Recuperação e Reabilitação das Ruínas de São Paulo, a convite do arquitecto Manuel Vicente. Acabou por ficar, e actualmente sente que se aculturou não apenas à cultura de Macau, mas também à asiática e chinesa. Pelo caminho, deu-se uma mudança natural no seu trabalho, tendo-se apercebido na Colômbia de que começou a misturar a composição horizontal ocidental com a composição de tradição chinesa que é vertical, e da direita para a esquerda. Salomé Fernandes – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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