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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Andorra - Meta do Instituto Camões é a integração do português em todo o sistema educativo



Em Andorra, a língua portuguesa chega aos alunos como língua de herança e como língua estrangeira. No Lycée Comte de Foix e no ensino secundário do sistema educativo andorrano, é ministrado em regime de ensino integrado como língua estrangeira.

Como língua de herança, é ensinado em regime de ensino paralelo no básico e secundário. “A coexistência de três sistemas educativos e, por conseguinte, a presença de três línguas co-oficiais, às quais acresce a aprendizagem de uma quarta língua como língua estrangeira, o inglês, dificulta-nos a inclusão do português como língua de opção curricular no sistema educativo andorrano”, diz a coordenadora do EPE (Ensino Português no Estrangeiro) em Espanha e Andorra, sublinhando porém, que o Camões, I.P. e a Coordenação não se dão “por vencidos”.

O objetivo passa sempre pela integração progressiva no sistema andorrano de ensino, e, para tal, a Coordenação deixa um pedido à comunidade portuguesa no Principado: “que se torne partícipe deste projeto, inscrevendo os alunos nos cursos de português por forma a tornar visível uma necessidade educativa real”, explica Filipa Soares.

No ano letivo de 2017-2018, o ensino da língua portuguesa chegava a 41% dos alunos de origem portuguesa que estudavam no Principado. Uma percentagem que tem margem para crescer, já que há alunos andorranos de origem portuguesa que ainda não integraram rede EPE. “Pensamos que é importante manterem o vínculo com a língua e a cultura do país de origem dos seus familiares e sentirem-se parte integrante de uma comunidade de 260 milhões de falantes”, apela.

Mas a rede EPE no principado engloba alunos oriundos de outras nacionalidades, designadamente, andorrana e espanhola. Uma presença ainda residual que demonstra que a comunidade não portuguesa “está atenta à importância crescente do português no mundo e encara a aquisição da língua como uma mais-valia para os seus filhos”, destaca Filipa Soares.

No ensino superior, chega como língua estrangeira a alunos universitários e ao público em geral, na Universidade de Andorra. Em 2018, havia 33 estudantes a aprenderem português naquela universidade pública, que tem aproximadamente três mil alunos.

O Protocolo de Cooperação assinado entre o Camões, I.P. e aquela academia “impulsou a assinatura de outros protocolos com universidades portuguesas” e a criação da Cátedra Camões “já deu origem a importantes colaborações com instituições de referência no Principado”, congratula-se Filipa Soares. “Desejamos que a Cátedra vá paulatinamente configurando projetos científicos nas diferentes linhas de investigação previstas no Protocolo, nomeadamente, sobre multilinguismo e políticas linguísticas no Principado de Andorra; estudos sobre intercompreensão entre quatro línguas românicas: português, catalão, espanhol e francês; didática da Língua Portuguesa e a sua Literatura; as relações entre Portugal e Andorra no âmbito educativo, cultural, político e social e a sociolinguística da língua portuguesa em Andorra por forma a reforçar o papel da língua portuguesa como língua de ciência”, acrescenta. Ana Grácio - Portugal In “Mundo Português”

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