Dezoito formadores do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC) vão beneficiar, a partir do mês de Agosto, no Brasil, de uma formação avançada em boas práticas de formação profissional com padrões de nível internacional.
Os beneficiários, cujo processo de selecção ainda está em curso, serão os replicadores e multiplicadores das boas práticas de formação no País, transformando, desse modo, o IFPELAC numa referência e preferência tanto dos empregadores como dos formandos.
A formação, que terá a duração de quatro meses, insere-se no âmbito do “Projecto de Aperfeiçoamento do Modelo de Formação Profissional em Moçambique”, que conta com o apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e do Governo do Brasil, que disponibilizam financiamento e assistência técnica ao IFPELAC, respectivamente.
Esta informação foi revelada na segunda-feira, 28 de Maio, pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, na abertura do primeiro Conselho Pedagógico e Científico do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo, que acontece numa altura em que está em curso a reforma da educação profissional no País.
É no contexto desta reforma que foi aprovada a Lei de Educação Profissional, que preconiza a formação orientada para a procura, em substituição do modelo clássico baseado na oferta.
Assim, à luz do novo paradigma, a formação deve ser flexível e baseada em padrões de competências para assegurar o seu alinhamento aos perfis profissionais demandados pelo mercado de trabalho.
Para Vitória Diogo, o novo modelo coloca o desafio de modernizar os 19 centros de formação e 22 unidades móveis, desde o quadro de pessoal, métodos e meios de ensino e aprendizagem, disponibilidade de infra-estruturas e o respectivo equipamento, bem como o desenvolvimento curricular, com vista a responder à demanda.
“Tenhamos sempre presente que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente. As empresas desejam recrutar mão-de-obra qualificada e especializada em determinadas matérias. Para aumentar a produção, produtividade e tornarem-se competitivas, as empresas preferem candidatos que saibam ser, estar, pensar, fazer e viver no clima organizacional. Querem pessoal que esteja permanentemente empregável. Por isso, é momento de formarmos pessoas com competências para melhor se enquadrarem no mercado e para melhor desempenho profissional”, considerou a ministra.
Neste sentido, acrescentou Vitória Diogo, decorre o processo de desenvolvimento curricular de dez qualificações, que consiste na actualização de materiais didácticos obedecendo normas técnicas e padrões internacionais e na capacitação de recursos humanos, tendo já sido treinados oito mestres para serem replicadores, 15 gestores dos centros de formação profissional, 15 coordenadores pedagógicos e 12 secretários escolares.
“Um graduado ou formado com certificação profissional do IFPELAC deve merecer preferência no mercado de trabalho”, asseverou a governante, que instou aos participantes a aproveitarem o encontro para aprimorarem os novos padrões de sustentabilidade dos centros de formação profissional a nível nacional.
Importa realçar que o IFPELAC resulta da fusão do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP) e do Instituto de Estudos Laborais Alberto Cassimo (IELAC) e já contribuiu, desde 2015, com 45.654 dos 436.273 formandos no âmbito de iniciativas dos sectores público e privado. In “Olá Moçambique” - Moçambique
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