MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"
Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
2 comentários:
Não concordar com a ideologia que um determinado monumento representa é uma coisa. Destruir o memorial da história de uma nação é outra coisa. Por exemplo, eu não concordo com a ideia de colocar gladiadores na arena do Coliseu de Roma para lutarem até que um dos dois morra. Mas jamais vou concordar que o Coliseu romano seja demolido só porque gladiadores foram forçados a lutar e morreram, ou porque cristãos foram lançados aos leões. Patrimônio histórico é para ser conservado. A Guerra Civil dos EUA foi algo desagradável na História da humanidade, a escravidão também, mas os monumentos devem ser preservados como memoriais da História.
O pior é quando não se esclarece o que algumas estátuas representam (e representaram) de arrasador nas relações sociais; pior ainda quando elas são inspiradoras de personalidades e movimentos perigosos dos nossos dias para a humanidade e, como se isso não bastasse, pretende-se abafar a discussão do que elas significam, como se o passado devesse ser amputada do presente e do futuro, como se a História tivesse chegado ao fim. Como se, por exemplo, as Cruzadas nunca tivessem existido. Ou ainda, como se as sociedades ocidentais não tivessem sido construídas (e continuam a ser) sobre os despojos do racismo.
Afinal, quem trouxe estes temas para o debate político actual? Não defendo a destruição desse Património.
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