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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 10 de abril de 2016

MIL-Notícias, Moçambique...

Líderes políticos defendem regresso do diálogo em Moçambique para honrar ex-arcebispo da Beira

Líderes políticos moçambicanos defenderam hoje um «diálogo honesto» para devolver a paz a Moçambique, em memória de Jaime Gonçalves, arcebispo emérito da Beira, que foi hoje a sepultar na segunda maior cidade do país.

Em longos elogios fúnebres, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no centro da Beira, foi lembrado o papel do mediador católico do Acordo Geral de Paz, em 1992, e que a melhor forma de homenagear o "herói da reconciliação" é seguir os seus ensinamentos, esquecendo o ódio e a dor.
"A morte de D. Jaime empobrece a nossa democracia", considerou Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política moçambicana, defendendo que as lições do arcebispo emérito da Beira, falecido na quarta-feira aos 79 anos, são uma semente da vida.
"A defesa e a promoção da vida são valores supra partidários e supra religiosos", afirmou Daviz Simango, também autarca da Beira, repetindo a frase de Jaime Gonçalves: "Cabe agora aos moçambicanos saberem se querem acabar com a guerra ou se a guerra acaba com eles".
A cerimónia de homenagem a Jaime Gonçalves, mediador da Conferência Episcopal Moçambicana e do Vaticano no Acordo Geral de Paz, juntou religiosos, académicos e políticos de todos os quadrantes, incluindo o atual Presidente da República, Filipe Nyusi, o ex-chefe Joaquim Chissano, signatário do entendimento histórico.
Quanto ao outro signatário, o presidente da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, fez-se representar pelo secretário-geral do maior partido de oposição, Manuel Bissopo, alegando falta de condições de segurança para abandonar o seu refúgio algures na serra da Gorongosa, onde se encontra desde o final do ano passado.
Numa sala lotada, Bissopo observou que "Jaime Gonçalves dedicou-se de corpo e alma para aproximar o governo e a Renamo, de modo a privilegiar o diálogo em detrimento do soar da armas", lembrando a aterragem noturna do religioso em Cainxixe (Maringué, província de Sofala) em abril de 1988, para iniciar as negociações com Dhlakama e que conduziram aos acordos de Roma e ao fim de 16 anos de guerra civil.
Numa fase em que Moçambique vive nova instabilidade política e militar, o secretário-geral da Renamo lamentou que a morte de Jaime Gonçalves tenha ocorrido "numa altura em que mais se precisava do seu saber para a pacificação e unidade", chamando todos intervenientes para "se devolver a paz, através de um diálogo sério".
Por sua vez Raul Domingos, ex-número dois da Renamo e que chefiou a delegação deste partido em Roma, disse que o legado de Jaime Gonçalves ensina que "o trinómio dialogo, inclusão e reconciliação são os grandes pilares da paz", considerando que Moçambique ainda pode viver em concórdia se houver honestidade.
Sob um céu nublado e perante uma segurança apertada das forças especiais da Polícia moçambicana, a cidade da Beira parou hoje para se despedir de Jaime Gonçalves.
Na cerimónia, foram lidas várias mensagens de líderes católicos, incluindo uma declaração do secretário de Estado do Vaticano, classificando Jaime Gonçalves como "incansável obreiro da reconciliação e da paz em Moçambique", ou de Francisco Chimoio, arcebispo de Maputo em nome de bispos africanos.
"Calou-se a boca de ouro, o inconformado e, algumas vezes o incompreendido, com a paz dos moçambicanos e justiça social em todos os contextos", afirmou.
A Conferência Episcopal de Moçambique recordou como o líder religioso foi "solícito em saber colocar os dons recebidos ao serviço da Igreja e do povo moçambicano, na busca da paz", enquanto a Comunidade de Santo Egídio, que dirigiu o grupo de mediadores em Roma, observou que "a violência nos últimos meses em Moçambique era um sofrimento enorme para D. Jaime".
Natural de Nova Sofala, Jaime Gonçalves assumiu a diocese da Beira em 1976, menos de um ano após a independência de Moçambique, e hoje foi sepultado no cemitério de Santa Isabel ao lado do seu antecessor Sebastião de Resende.
Diário Digital com Lusa

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