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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

terça-feira, 13 de maio de 2014

Academia alerta para a necessidade de preservar a herança lusa na Indonésia

Historiadores, investigadores e professores portugueses e indonésios alertaram hoje em Jacarta, na Indonésia, para a necessidade de preservar a herança portuguesa no país e de aprofundar o estudo sobre a história comum entre as duas nações.
"O mais importante é que hoje as pessoas na Indonésia são como são porque nós estivemos aqui pacificamente", destacou o embaixador português em Jacarta, Joaquim Moreira de Lemos, na abertura do seminário "Portugal-Indonésia: partilhando opiniões sobre a nossa história comum, fixando objetivos de cooperação".
Perante uma plateia de mais de cem pessoas, sobretudo estudantes, na Universidade da Indonésia, o diplomata salientou que a herança portuguesa faz parte da identidade do país, sobretudo na parte oriental.

O embaixador repetiu apelos aos estudantes para que investiguem a passagem lusa pela Indonésia, fazendo uso das fontes portuguesas já existentes, e frisou que Portugal nunca colonizou o país asiático, ao contrário do que está escrito em vários livros.
"Os holandeses nunca gostaram de nós aqui, obviamente", vincou Joaquim Moreira de Lemos, alertando que as fontes histórica da Holanda "podem ser parciais", dado que os holandeses antes de colonizarem a Indonésia tiveram de expulsar os portugueses.
Lilie Suratminto, especialista em estudos holandeses, alertou que o crioulo dos Tugu, uma comunidade com raízes portuguesas de Jacarta, deixou de ser falado, permanecendo apenas em algumas canções.

O linguista Arif Budiman deu conta de inúmeras palavras de origem portuguesa que estão incluídas em línguas faladas em regiões como a Papua Ocidental, Manado e Ternate, para além das 131 que fazem parte da língua indonésia.
O também professor na Universidade da Indonésia defendeu a criação um dicionário Português-Indonésio, um dicionário etimológico e estudos sobre os estrangeirismos de origem lusa.
O investigador da história da expansão portuguesa Joaquim Magalhães de Castro considerou que "o mais importante legado é a população" e lembrou fontes holandesas que mostram a dificuldade sentida pelos colonizadores da Holanda em apagar as marcas portuguesas.
O também jornalista vincou que "há várias comunidades de descendentes portugueses", sendo a passagem portuguesa visível também em sobrenomes, vestuário, artes e até na tradição de comer bolos, panados ou pão com manteiga. 

Danny Susanto, coordenador do departamento de Francês, no qual o ensino do Português está inserido, respondeu à Lusa que a Universidade da Indonésia tem a "intenção" de criar um departamento de Português, embora ainda necessite de recursos humanos qualificados locais para tal.
Questionados sobre ideias para estudar a passagem lusa pela Indonésia e para a sua preservação, Arif Budiman e Lilie Suratminto fizeram saber que estão a investigar o crioulo Tugu com alguns alunos.
Por seu lado, Joaquim Magalhães de Castro considerou que deve haver uma maior aposta em documentários, filmes e até histórias de amor que retratem esta herança "para chegar diretamente às pessoas", rematando que os portugueses também não estão conscientes da história entre os dois países.

O seminário, organizado pelo Instituto Camões em parceria com a embaixada portuguesa, termina amanhã e encerra as comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses à Indonésia, iniciadas em 2012.

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