Aos homens sábios como o fora Agostinho da Silva, fechar escolas, centro de estudos, bibliotecas ou livrarias é creditar força aos ignorantes ou desviados da servidão à Pátria da Língua Portuguesa.
Hoje, a cultura lusófona é já translusófona e desde muito seus falantes e leitores estão aconchegados vivamente ao espaço da Livraria CAMÕES que, apesar das mazelas políticas e econômicas, manteve por anos a fio a propalar as maneiras e feições plurais do modo de ser português por meio da presença de livros de tão rara excepcionalidade.
A Livraria CAMÕES é patrimônio da cultura de Língua Portuguesa e, mais do que isso, é ambiente absolutamente necessário para que possamos continuar a dar vivas a nossa Literatura e aos seus poetas e romancistas, a bem dizer a toda Arte de mares ainda a navegar.
Em tempos de descultura e massificação em todos os níveis social e mental a que a nossa contemporaneidade está atrelada, é inconcebível o fechamento da Livraria CAMÕES.
A Casa Agostinho da Silva e o MIL sentem-se afrontados pela decisão do governo português em fechar a Livraria Camões. Queremos fazer lembrar a todos que esta ação do governo português olvidou-se de uma máxima de um dos primeiros escritores a escrever para crianças e o primeiro a montar, no Brasil, uma editora, Monteiro Lobato: “Um País se faz com homens e livros.”
Não deixemos que toda a experiência humana e os avanços de espíritos venturosos como fora Camões e Vieira, Pessoa e Rosa, Mia Coto e tantos outros deixem de desfilar nas estantes da anciã Livraria CAMÕES, porém, sempre nova nas letras lusófonas.
Sem comentários:
Enviar um comentário