O mundo está em ebulição e uma crise se avizinha,ou melhor,já bate á nossa porta.
A pergunta que está em todas as bocas temerosas ou esperançosas é:-estamos assistindo aos últimos estertores do capitalismo? Se assim for,o que o substituirá?
O povo nas ruas clamando por justiça social e melhoria de vida, americanos ocupando Wall Street,símbolo da ganância e da maior concentração de renda da história como não se vê desde o feudalismo ,o grito dos intelectuais e dos excluídos,tudo isso mostra que alguma coisa está mudando.
Crise é sinônimo de mudança e toda mudança é boa.Em todo mal há uma semente de bem.
A humanidade é criativa,saberá como administrar os novos tempos se ele ,enfim,chegar.
As pessoas não querem um padrão de vida mais alto;não querem girar a roda ao contrario para que os de baixo agora,sejam os opressores de amanhã.Querem apenas um padrão de vida melhor.
O protesto hoje não parte apenas da classe trabalhadora,a base da pirâmide;parte da classe média que sua,paga impostos,sustenta o status quo ,mas,está decepcionada e descrente das instituições ,dos políticos que não nos representam e para isso foram eleitos e preocupada com o desemprego e a comoção que este fato trás para a sociedade em geral.
È indecente que 1% da população americana seja dona de toda a fortuna do país. Que dinheiro que poderia ser destinado para a saúde e educação seja gasto em guerras desnecessárias e descaradas visando apenas a ocupação de países para tomar suas riquezas naturais e favorecer os fabricantes de armas republicanamente enriquecidos.
Na Europa, priorizar os bancos e especuladores financeiros que vivem do trabalho alheio –nunca deram um prego numa barra de sabão – mergulhando a população que governam na mais negra miséria não torna esses governantes exatamente ídolos das populações dos seus países.
Porque não deixar quebrar os bancos e os especuladores,eufemisticamente chamado “Mercado Financeiro”,sanguessugas que deveriam estar em San Quentin,em vez de levar ao desespero o povo por quem tinham obrigação de zelar?
Idosos com suas magras pensões reduzidas – pensões que pagaram durante toda suas vidas,não é uma benesse do governo como muita gente pensa- corte nos efetivos das fábricas e nos salários ,emprego para que pais de família possam sustentar dignamente os seus ,é isso o que o povo pede.
Se governo falhou nisso,para que governo?Para que carregar nas nossas costas deputados,senadores,toda uma complexa cadeia governamental,levando toda uma sociedade rumo ao precipício?
Fora com eles, pensemos noutra coisa ,noutras maneiras.
Não queremos a sorte dos hebreus que,conduzidos por um incompetente,zanzaram durante quarenta anos no deserto para chegar a lugar nenhum.
Como disse o filósofo Zizek vamos lutar em prol do bem comum;e, comuns são os bens da natureza,da biogenética,dos recursos naturais.
Esta sociedade judaico – cristã que nos trouxe o capitalismo e o fundamentalismo e que se intitula o “eixo do bem”,está completamente equivocada, pois,eles é que são o eixo do mal.São anti- cristãos,pois,o cristianismo verdadeiro é compartilhamento,uma comunidade igualitária de crentes que se apóiam e ajudam,ligados pelo amor e pela caridade e que zelam pela liberdade com responsabilidade e segurança.
Segundo o filósofo,o Espírito Santo somos nós o povo oprimido,subjugado pelas forças do mal entrincheiradas nos muros de Wall Street,”pagãos que adoram ídolos blasfemos”,como o Touro de Bronze” no lugar do bezerro de ouro,mas com a mesma simbologia.
A mudança é viável.Se pudemos ir á lua,avançarmos na ciência,matar pessoas com armas sofisticadíssimas porque não podemos aumentar o imposto dos ricos,ter mais dinheiro para a saúde,garantir nossos empregos? pergunta o filósofo.
Não vamos nos deixar emprenhar pelos ouvidos, nos deixando ameaçar ou ludibriar.Basta de mentiras.
Vamos á luta.Por nossos filhos e pelo respeito que devemos a nós mesmos e até pela própria sobrevivência da civilização.
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Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)
A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)
Agostinho da Silva
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