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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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Outras obras promovidas pelo MIL: https://millivros.webnode.com/

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

HISTÓRIAS DENTRO DA HISTÓRIA





Confesso que eu já o esperava faz tempo; portanto,quando tive nas mãos o livro “O Fundador”,do escritor Aydano Roriz,corri para o sofá do terraço e ‘garrei na leitura.

Já conhecia quase todos os outros livros do Aydano e todos me encantaram,daí a pressa em mergulhar nesse mundo de realidade e fantasia que constituem suas obras históricas.

Esses livros que tratam da História,mas, de um jeito diferente,fuçando acontecimentos que os livros de História não contam e por causa disto tratando esses personagens como seres humanos iguais a nós,com suas paixões á mostra defeitos e qualidades,nos levam para uma viagem deliciosa com direito a emoções,risos e lágrimas ,numa interação perfeita entre autor,personagem, leitor,imprescindíveis na boa literatura.

Passo a passo participei da fundação de Salvador desde as discussões entre os favoritos do Rei,os Condes de Castanheira e Vimioso,cada qual puxando a brasa para sua sardinha,ou melhor para seus parentes no bom estilo brasileiro imutável há séculos.

Felizmente venceu o fidalgo Tomé de Souza,indicação do Castanheira porque,se fosse diferente,talvez nem tivéssemos Salvador ou mesmo cidades, pois,quando dois brigam lucra um terceiro mais esperto e os franceses já espreitavam e faziam bons negócios por aqui envolvendo a madeira vermelha chamada pau-brasil,que,aliás,deu nome ao país nascente.

Personagens inesquecíveis e onipresentes nos nossos estudos e que aparecem amorfos e soturnos nos livros didáticos,ganham cores e vida e nos deliciam com suas aventuras.

Caramuru, João Ramalho, Garcia D’Ávila que passou de criado de Dom Tomé a todo poderoso Senhor da Casa da Torre,talvez o primeiro latifundiário brasileiro.

Essa gente desfila diante de nós suas mesquinharias ,seus maus e bons caracteres,suas roupagens de seda e seus farrapos.

O arquiteto Luis Dias, Pêro Borges, Ouvidor – Geral,uma espécie de Ministro da Justiça,sujeito de maus bofes, ladrão como um rato e sua esposa de língua viperina,Dona Mariinha,que atanazaram a vida do Governador o tempo todo,como se os problemas com os índios,a escolha do sítio da cidade e ausência da família já não fossem castigos suficientes.

Havia ainda o tesoureiro da Fazenda ,Pedro Ferreira e sua mulher,o Padre Manoel Lourenço e um jesuíta mirradinho e quase menino ,Manoel da Nóbrega,que se tornaria depois tão importante na nossa história.

Tomé de Souza era o Governador Geral do Brasil,por isso suas funções iam muito além das terras da Bahia o que nos leva a um passeio muito mais amplo pela História,passando por Nova Lusitânia,domínio de Duarte Coelho e as cidades de Piratininga e Santo André,em São Paulo,território de João Ramalho e Brás Cubas.

As estórias de amor,guerra,obediência,sexo e traição se sucedem numa linguagem clara e perfeita prendendo o leitor da primeira a última página.

O livro é cheio de surpresas ,mas,uma coisa não me surpreendeu por sobejamente conhecida: o talento deste magnífico escritor brasileiro,ora radicado na Ilha da Madeira,Portugal.








"O Fundador"

Autor: Aydano Roriz

Ed. Europa

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