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"O Quinto Império português, já não político ou religioso como aquele proposto por Bandarra ou o Padre António Vieira, mas um império do espírito e da cultura, em que o eleito é o povo português. (...) Em vez do Rei Encoberto, alimentador de uma esperança coletiva, anuncia Fernando Pessoa um Supra-Camões."
Maria Luísa de Castro Soares
Revista Nova Águia
Número 7
Sejamos claros: o Quinto Império não será um império terrestre, económico ou militar. Há uma natural inclinação para o confundir com a União Lusófona, mas de facto, são dois conceitos completamente diferentes: o Quinto Império é um fenómeno interior e individual, é - fundamentalmente - um estado de alma, um pilar crucial para que se possa partir para a fase seguinte, exterior, pública e operativa que é a União Lusófona. Sem o primeiro, não haverá o segundo.
O patente fracasso da dita "construção europeia" demonstra as fragilidades da tentativa de construção de uma aliança ou união entre diferentes Estados sem que se tenha almejado forjar simultaneamente uma "alma nacional" ou um sentimento comum de pertença a uma coisa partilhada. Se essa "alma" o edifício ergueu-se sem alicerces e ameaça tombar à primeira crise seria (sendo esta, agora a da Dívida Soberana). Ora, esse Quinto Império mental e individual existe já em potencia e em forma irrealizada dentro de cada um de nós, segue em vetor o caminho determinado pela língua, associa-se às patentes similitudes culturais e de temperamento entre os povos lusófonos e se devidamente incentivada (e essa é a grande missão do MIL: Movimento Internacional Lusófono) poderá dar força à eclosão da União Lusófona que é o grande objetivo último do MIL.
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