Discípulo de Álvaro Ribeiro e de José Marinho, como Afonso Botelho, António Quadros e Orlando Vitorino, e havendo convivido também com Agostinho da Silva e Eudoro de Sousa, António Telmo foi um dos mais originais, subtis e rigorosos pensadores portugueses da segunda metade do século XX, cuja obra, escrita e pensamento ao longo de mais de cinco decénios, se singulariza pela penetrante atenção hermenêutica ao que há de secreto e de sagrado na língua e na história portuguesas, pelo modo como soube articular a tradição aristotélica com a tradição da Cabala, pela forma inovadora como logrou apreender e compreender o mais fundo e essencial sentido da obra camoneana e decifrar os seus símbolos e como teorizou o conceito de razão poética, na melhor linha de Pascoaes, Leonardo e Pessoa.
O presente Colóquio, promovido pelo Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, de que António Telmo fez parte e em cujas actividades colaborou, reúne companheiros, discípulos e admiradores do filósofo recentemente falecido, que se propõem reflectir sobre o significado e valor do seu fecundo e incitante legado especulativo.
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http://www.iflb.webnode.com/a15-02-11-homenagem-a-antonio-telmo/
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