Ontem,8 de dezembro,completou um ano da morte de John Lennon.Não deixa de ser irrisório que o ídolo controverso dos anos 80,tenha morrido,barbaramente assassinado,quando procurava a própria paz.
O fato é que John Lennon incomodava.Provocava políticos pouco ortodoxos como Nixon que o chamava de indivíduo muito perigoso,capaz de mudar os rumos de uma eleição.
E,mudaria mesmo,os rumos do mundo,de toda uma geração,pois era “mais conhecido e poderoso do que Jesus Cristo”,como ele mesmo apregoava aos quatro ventos.
Ele influenciou a nossa geração (eu era uma das garotas que amava os Beetles e o Rolling Stones ) talvez uma das últimas gerações de jovens antenados,inteligentes , em luta contra moínhos de vento,desafiando podres poderes,fazendo a apologia da paz num país belicoso e predador pela própria natureza.
Sua música “Imagine”,para mim, soa como um hino sacro.
Lennon foi um cara controvertido e radical? Foi!
Vocês já viram os certinhos mudarem o mundo?Lennon era contra a Guerra do Vietnam,experimentava drogas,fazia filmes polêmicos que chocavam a moral vigente,lutou pelo direito das mulheres ,dos negros e dos trabalhadores e era macrobiótico e casado com uma oriental,Yoko Ono,seu amor de sempre.É mole ou quer mais?
Essa geração influenciada pelo mito, tentou humanizar o nosso mundo,torná-lo mais esperto contra o “mass media”,impiedoso,vendido e letal.O fato da nossa geração ter fracassado neste duelo dos pulsos contra os ferros não nos torna menos importante e nossa luta menos necessária.
De alguma forma,Lennon venceu o “establishment”;baniu do noticiário Reagan,Brejnev,Israel,Síria e outros predadores,talvez por que ,por instinto,as pessoas reconheciam nele um humanista, enquanto os outros problemas supra – citados fugissem ao controle popular ou só chegasse até eles submetido ao “press realise” dos poderosos.
A quem interessaria a morte de Lennon? A quase todo mundo.O leão até poderia estar adormecido chefe de família dedicado ao filho e em busca da tranqüilidade;mas,não estava morto.
Talvez,o perigo que representava o seu despertar tenha, por vias transversas, armado o braço covarde de Chapman que o matou com cinco tiros nas costas.
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