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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Notícias do mundo lusófono

Manifestações demonstraram «falhanço total» no combate à pobreza

Os confrontos da semana passada em Maputo demonstraram “o falhanço total de toda a estratégia de combate à pobreza em Moçambique”, considerou hoje o analista político João Pereira.

Na semana passada, manifestações contra o aumento do custo de vida resultaram em confrontos entre populares e a polícia que se saldaram por 18 mortes (fontes clínicas) e centenas de feridos. O Governo congelou aumentos de bem essenciais e anunciou subsídios para manter inalterável o preço do pão.

Os acontecimentos, disse o professor e analista, vieram demonstrar “claramente o falhanço da estratégia de protecção social e a incapacidade do Governo em responder às demandas da pobreza urbana”.

“A capacidade produtiva do país foi completamente destruída nos últimos 35 anos. O país vive do consumo e não da produção, o país não produz para alimentar o povo e quando produz não consegue escoar, porque a rede comercial foi destruída”, acusou o responsável.

O que é pior, segundo João Pereira, é que Moçambique vai ter de lidar com esse dilema, do “combate constante entre a periferia e as elites, que não investem nada em projectos sociais”.

Descentralizar o Estado, obrigar as multinacionais no país a pagarem impostos, investir em estruturas locais de produção e redefinir o papel dos bancos, “que não podem continuar a viver só de especulação”, são propostas do analista.

Quanto à decisão do executivo moçambicanos de impedir os aumentos e de cortar em despesas públicas, João Pereira disse que é apenas “para inglês ver”, porque na verdade as despesas públicas não são contidas e “continua a viajar-se de helicópteros” (referência ao Presidente da República), e os subsídios ao pão “é como usar uma aspirina para curar o cancro”.

Também o analista João Colaço tem dúvidas sobre a eficácia das medidas do executivo, embora as aplauda, porque “permitem, no curto prazo, restaurar a estabilidade social no país”.

“Estimular o consumo sem atuar do lado da produção, como vai acontecer com o sentido destas medidas, é adiar o problema, mas no contexto atual o Governo não tinha escolha”, disse, acrescentando que a expectativa é agora em torno da sustentabilidade de medidas que estimulam o consumo mas “desferem uma machadada à produção”.

João Colaço considerou também “interessante” o momento que se vive em termos de soberania das instituições moçambicanas, porque há o risco de o Governo estar a executar um orçamento retificativo que não foi sancionado pelo Parlamento, “dado que as medidas anunciadas pelo executivo têm um impacto de fundo sobre a Lei Orçamental, já aprovada no início deste ano”.

“A reafectação de verbas, inicialmente destinadas a determinados sectores, para dar cobertura aos subsídios que o Governo anunciou para alguns produtos e bens essenciais sinaliza a reformulação do Orçamento do Estado, sem que a Assembleia da República tenha sido ouvida. O Governo terá de ouvir o parlamento para não estar em falta com a Constituição da República”, assinalou ainda o analista.

Militares e polícias angolanos vão avaliar necessidades da Guiné-Bissau

Uma equipa de oficiais das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional vão deslocar-se brevemente à Guiné-Bissau para avaliar as necessidades inerentes ao processo de reforma das forças armadas guineenses.

UNITA indignada com suspensão pelo parlamento da fiscalização ao Governo

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, mostrou a sua indignação com um despacho exarado pelo presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma, que “suspende temporariamente” a realização de qualquer acção fiscalizadora das actividades do executivo.

Comunidade de Santo Egídio e Fundação Tra Noi vão instalar-se no país

Duas fundações católicas italianas vão instalar-se, em breve, em Cabo Verde, a partir de onde vão estender as suas actividades a outros países da África Ocidental, revela hoje a imprensa cabo-verdiana.

PSD reúne-se para tomar posição sobre a saída de Carrascalão do Governo

O PSD de Timor-Leste vai reunir a comissão política na sexta-feira e o conselho nacional no sábado, para analisar a demissão do Governo do vice-primeiro-ministro Mário Carrascalão, disse hoje um dirigente do partido.

Fonte: Notícias Lusófonas

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