O Zimpeto fica na zona de saída de Maputo, em direcção ao norte do país. Na manhã de hoje, algumas pessoas tentaram sair da cidade de carro, mas foram impedidas por populares. Maputo continua hoje isolada.
Também já hoje se registaram confrontos entre manifestantes e polícia na Avenida do Trabalho, no bairro da Chamanculo, com estradas cortadas e pneus a arder. A polícia está a fazer rusgas no bairro.
Também na zona de Xiquelene, hoje de manhã grupos de jovens atiraram pedras à polícia e destruíram cartazes de Armando Guebuza, Presidente da República.
Na avenida Acordos de Lusaka e na Praça dos Heróis também há incidentes, com pneus queimados e barricadas na estrada. Os populares criticam o discurso de Armando Guebuza, de quarta feira, e dizem que não querem condolências, mas sim a baixa dos preços dos produtos essenciais.
Na Avenida Luís Cabral registaram-se igualmente incidentes, com a televisão STV a dizer que se registou um morto, uma criança.
Em Maputo, com quase todos os estabelecimentos encerrados, há dificuldades em abastecer as viaturas. Nas poucas padarias abertas hoje de manhã formam-se longas filas.
Na periferia, há populares à procura de locais que vendam alimentos. São raros os estabelecimentos abertos.
O número de mortos na sequência dos confrontos, que começaram na quarta-feira, varia consoante as fontes.
Alguns órgãos de comunicação social davam conta de dez mortos e 50 feridos, citando fontes da Polícia da República de Moçambique (PRM), mas dados provisórios avançados pelo porta-voz da PRM, Pedro Cossa, indicam quatro óbitos e 27 feridos, enquanto dados recolhidos pela Lusa junto de três hospitais de Maputo davam conta de seis mortos e mais de 80 feridos.
Fonte: Notícias Lusófonas
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