O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, foi hoje recebido em Teerão de forma "calorosa" pelo seu homólogo do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, descreve a agência oficial iraniana IRNA, que colocou a notícia na manchete do seu site.
A IRNA não esclarece a agenda dos chefes de estado, limitando-se a noticiar que Sanhá e Ahmadinejd escutaram os hinos dos dois países, antes de passarem revista à guarda de honra formada para o efeito.
Malam Bacai Sanhá começou hoje ao Irão uma visita de dois dias, com o objectivo de "reforçar as relações bilaterais e explorar possíveis canais de cooperação", segundo avançou na quinta-feira fonte da Presidência guineense.
De acordo com a mesma fonte, Malam Bacai Sanhá, que viajou acompanhado pelos conselheiros da Presidência, deverá voltar ao seu país no início da próxima semana.
O Irão e a Guiné-Bissau são membros da Organização da Conferência Islâmica (OCI) e nos últimos tempos têm existido várias aproximações entre Teerão e Bissau.
Recentemente o Irão ofereceu à Presidência da Guiné-Bissau vinte viaturas.
Antes de sair de Bissau, Malam Bacai Sanhá considerou o Irão “um grande país, com potencialidades em termos económicos”, que poderão ajudar a Guiné-Bissau a desenvolver-se.
Questionado sobre se essa deslocação poderia ser interpretada como um voto de solidariedade para com aquele país, que se enfrenta a condenação de grande parte da comunidade internacional, o Presidente guineense apenas comentou que a visita “é resposta a um convite do Presidente iraniano”.
“Mas, se a nossa visita possa ser considerada um gesto de solidariedade, ainda bem”, comentou.
Enquanto o Irão enfrenta sanções da ONU e da União Europeia por causa do seu programa nuclear, a Guiné-Bissau vive uma crise política e militar desde o duplo assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, em março de 2009.
No passado domingo, o Conselho de Defesa Nacional guineense manifestou a sua aceitação de uma missão internacional de estabilização no país, mas o formato e respectivo mandato estão ainda por definir.
Fonte: Notícias Lusófonas
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