“Portugal é uma questão que diz respeito a todos os portugueses: ninguém se pode eximir desse dever de cidadania indeclinável” (Fernando Nobre)
É um lugar-comum, não nem por isso deixa de ser verdadeiro: a escola é o espelho da sociedade. Por isso, as recentes notícias que referem o aumento da violência nas escolas não nos devem surpreender: são um reflexo do aumento da fragmentação social que se vive. E que não tem apenas contornos económicos – desemprego, precariedade profissional, etc. –, mas também, senão sobretudo, culturais. Não havendo referências culturais comuns, como cada vez menos há, não há comunidade que resista…
A Escola, em particular a escola pública, deveria ter, a esse respeito, um papel fundamental – mas, como é sabido, cada vez menos o tem. Mesmo no seu papel meramente instrutivo tem vindo a falhar cada vez mais – e não é por culpa dos professores. Cada vez mais, a Escola, em particular a escola pública, serve apenas para “ocupar os jovens”, havendo mesmo casos em que estes apenas vão à escola para terem uma refeição decente. Ou até para se refugiarem da violência ainda maior que vivem cá fora…
O resto são estatísticas. Areia para os olhos. Só não vê quem não quer…
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