O candidato à Presidência da República e deputado socialista Defensor de Moura propõe o fim das touradas em Portugal, lembrando que esta prática foi banida «na maioria dos países civilizados», e admite levar este assunto ao Parlamento.
O candidato reuniu-se esta manhã em Lisboa com a presidente da associação Animal, Rita Silva, na sequência da recente proibição de realização de touradas na região espanhola da Catalunha, um tema caro a Defensor de Moura que, enquanto autarca, declarou Viana do Castelo como a primeira cidade portuguesa anti-touradas.
Assumindo-se como o candidato presidencial «que é amigo dos animais», Defensor de Moura quer «sensibilizar a opinião pública contra as touradas», argumentando que «o sofrimento público de animais é perfeitamente inadequado».
O também deputado socialista reconhece que «não está na mão do Presidente da República fazer leis, isso compete ao governo e ao Parlamento», mas considera ter a «obrigação de sensibilizar» os portugueses para «este grave atentado aos direitos dos animais que é praticado regularmente no nosso país e que na maioria dos países civilizados já não se faz».
Mesmo em países com forte tradição tauromáquica, como Espanha, «neste momento vê-se a Catalunha toda assumir que não devem fazer mais touradas», exemplificou.
Questionado sobre se poderá levar esta proposta ao Parlamento, Defensor de Moura respondeu afirmativamente, adiantando já ter realizado alguns contactos nesse sentido.
«Creio que começa a haver uma sensibilização grande para que se avance nesse sentido. Terá de haver um consenso alargado para se conseguir obter esse objectivo. Mas pode haver objectivos parcelares e cada um à sua volta pode fazer o que pode e sabe. Fi-lo como presidente de câmara, como deputado também vou tentar intervir», afirmou.
Defensor de Moura lembrou que, na sua intervenção cívica tem desenvolvido várias ações «no sentido de proteger os animais e contra o sofrimento, o abandono e clausura indevida».
«Entendo que o sofrimento desnecessários de animais na praça pública é pouco civilizado e que a nossa comunidade só ganharia se acabasse com estes espectáculos», salientou.
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