“A Guiné-Equatorial pede para ser membro de pleno direito. É o único país de língua espanhola na África. Porque não? O espanhol é quase um dialecto português, portanto…”, disse, entre risos, Ramos-Horta em Xangai, na China, no final de uma visita ao pavilhão de Portugal na Expo 2010.
Assumindo não ter “quaisquer reservas” sobre a admissão da Guiné-Equatorial, o Presidente de Timor – o primeiro chefe de Estado de língua portuguesa a visitar a Expo 2010-, defendeu ainda a abertura da CPLP e a necessidade de a organização ser dinâmica.
Questionado sobre as críticas de algumas organizações e personalidades sobre a eventual aceitação do país africano - que já tem o estatuto de observador associado na organização lusófona, o Prémio Nobel da Paz sustentou: “A CPLP de certeza que não é mais defensora, detentora, campeã de direitos humanos, de princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos do que a própria ONU”.
“Obviamente, não somos mais do que a ONU, não somos mais do que a União Africana, não somos mais do que a organização dos países da América Latina”, continuou Ramos-Horta, lembrando que “nas Nações Unidas estão países com os mais variados sistemas políticos, multipartidários, unipartidários, mas estão lá todos”.
“Porque então é que a CPLP tem que ser uma organização só de países que terão passado algum teste de democracia?”, perguntou.
“Alguns temos a mania, temos a tendência, o hábito de fazer julgamentos de valor em relação a outros países”, referiu ainda o Presidente timorense, salientando que em matéria de Direitos Humanos o país tem “alguma credibilidade para falar”.
A hipótese de a Guiné-Equatorial entrar no conclave de países de língua portuguesa deve ser discutida na próxima cimeira da CPLP, que decorre em Luanda, Angola, dia 23.
São estados membros da CPLP Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste e São Tomé e Príncipe.
Além da Guiné-Equatorial, têm o estatuto de observadores associados a Ilha Maurício e o Senegal.
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Fonte: Notícias Lusófonas
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