O porta-voz do BNG, Guillerme Vasquez, disse à Agência Lusa que a manifestação juntou mais de 20 mil pessoas, enquanto que fonte policial apontou para entre 10 a 15 mil manifestantes.
«Estamos aqui a expressar a nossa vontade de ser nação. Estamos aqui a defender a pátria galega que queremos construir, com democracia, com auto-governo e com bem-estar social», afirmou Vasquez.
Para este líder partidário, a Galiza «só terá futuro se tiver capacidade real de se auto-governar, só se fará respeitar quando decidir comportar-se como uma nação».
Guillerme Vasquez criticou o Estado «centralista» espanhol, culpando-o pelos «problemas históricos» da Galiza.
«A Galiza é uma região autónoma, mas, no fundo, o Governo regional não é mais que uma sucursal do Governo central. Um diz mata, o outro diz esfola. E assim nunca mais deixará de ser uma região consolidada na segunda divisão», acrescentou. «A Galiza é a nossa nação», resumiu Vasquez.
O porta-voz do BNG acusou o governo regional, liderado por Alberto Nuñez Feijóo, do Partido Popular, de se estar a transformar «num problema para a Galiza».
«Em ano e meio promoveu o decreto contra o nosso idioma, impediu selecções desportivas galegas, abandonou a promoção da cultura galega, demoliu o sistema galego de bem-estar, privatizou a saúde pública, promoveu uma lei do solo para beneficiar os infractores», apontou.
Sob o lema «Faz valer a tua força. Fracassado o modelo ao serviço da banca, uma nova economia ao serviço do povo e da Galiza», os manifestantes proferiram palavras de ordem como: «Na Galiza, em galego» e «Galegos somos, galegos seremos, por espanhóis nunca passaremos».
O protesto integrou as comemorações do Dia da Pátria Galega, que se assinala todos os anos a 25 de Julho, dia do apóstolo Tiago.
Lusa / SOL
Sem comentários:
Enviar um comentário