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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Governo admite que reforço militar indonésio «até pode ser benéfico»

O porta-voz do Governo timorense, Ágio Pereira, considera que o plano indonésio de reforçar a presença militar no outro lado da ilha “pode ser benéfica” para a estabilidade de Timor-Leste.

O Bispo de Atambua, na parte indonésia de Timor, D. Domingos Saku, escreveu ao Presidente da Indonésia, Susilo Bambang, e a outras entidades, insurgindo-se contra o plano de reforço militar na Ilha.

Os militares indonésios têm vindo a insistir na conveniência em reforçar o dispositivo na área com mais dois batalhões, plano ao qual o governo timorense não tem objecções a colocar, segundo o seu porta-voz, porque respeita a soberania indonésia no seu território e presença militar junto à fronteira “tem sido até vantajosa”.

“Muito embora as pessoas possam pensar que a colocação de batalhões militares do outro lado pode ter um impacto negativo, o que se verifica é que até agora tem sido o contrário. Nós desde que passamos a ter a nossa soberania tivemos já cinco crises, algumas de gravidade. São grandes problemas que enfrentámos e em que se conseguiu um entendimento entre os dois estados com uma responsabilidade fenomenal, que tem mantido a fronteira muito estável”, comentou Ágio Pereira.

Segundo o porta-voz do governo, que é também secretário de Estado do Conselho de Ministros, “a presença do batalhão do lado indonésio contribuiu para isso”.

“Sobretudo a liderança política da Indonésia, especialmente do Presidente Susilo Bambang, ajudou imenso para que os nossos problemas internos, embora graves, não se acumulassem e transformassem em problemas ainda maiores por a fronteira ser frágil. Isso reflecte a amizade dos dirigentes dos dois países e a consciência das próprias instituições militares e policiais indonésias de que precisamos de cooperar uns com os outros”, considera.

Ágio Pereira lembra que a fronteira do lado indonésio sempre foi guardada por militares, ao contrário da timorense que tem sido por efectivos policiais, e as autoridades dos dois países estão a trabalhar em conjunto para haver uma comunicação mais eficiente entre as suas forças, nomeadamente para tornar compatíveis as comunicações via rádio e estabelecer uma linha de comando mais eficiente no controlo fronteiriço.

Opinião bem diferente tem D. Domingos Saku, que na carta que enviou ao Presidente Susilo Bambang, ao comando militar e à Câmara dos Deputados salienta que o país vizinho, Timor-Leste, “um pequeno país com uma população de um milhão de pessoas não levanta sérias ameaças à Indonésia” que justifiquem esse reforço.

D. Domingos Saku pede para que o plano da criação de dois batalhões na região, em 2011, seja suspenso, porque as populações ficaram traumatizadas pela história recente.

"As pessoas estão traumatizadas pelos militares indonésios", disse D. Domingos quinta-feira, citado pelo Jacarta Post, referindo-se às violações dos direitos humanos em Timor-Leste.

Relativamente ao argumento do desenvolvimento económico da região, usado pelos militares, D. Domingos Saku contrapõe que “as pessoas precisam é de desenvolvimento na educação, saúde, agricultura e outros setores que melhorem as suas vidas”.

Fonte: Notícias Lusófonas

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