José Mindlin era um grande amigo dos livros. O maior que conheci. Tinha paixão quase devocional pelos seus 40 mil volumes e recursos para adquiri-los. É, sem dúvida a maior coleção particular do Brasil, chamada de “Brasiliana”.Ele possuía a 1ª edição dos Lusíadas e os originais de Sagarana, de Guimarães Rosa. Pesquisava nos “sebos”onde encontrou raridades desejada por todos os amantes da Literatura.
Seu mote era uma frase de Montaigne: “Não faço nada sem alegria”(“Je ne fait rien sans gayetè”).
Graças a esse gesto ficará acessível para o público obras raras de literatura brasileira e portuguesa, estórias de viajantes, manuscritos históricos e literários, jornais, livros científicos colecionados desde a adolescência.
Advogado, Mindlin fundou a Metal Leve, mas, sua grande paixão sempre foi a Literatura.
Dizia que o amor pelos livros era um vírus incurável que ele pretendia inocular entre os mais jovens para que nunca perdessem o amor pela leitura.
Antes de morrer, apesar da fraqueza de visão devido aos seus 95 anos, releu seu favorito Proust e Balzac (minha paixão, também).
Publicou “Minha vida entre livros” e pertenceu à ABL.
Lamentamos a sua morte e nos perguntamos:
- Quantos Mindlin existirão por esse mundo?
Dá para contar nos dedos da mão direita, acho!
Sem comentários:
Enviar um comentário