"Persistem ainda problemas graves de disciplina, os quais têm afectado negativamente a imagem da polícia junto da sociedade", afirmou Xanana Gusmão, num discurso que o Governo timorense hoje divulgou, para marcar os 10 anos da PNTL.
Xanana Gusmão referiu, no entanto, que se tratam de "casos isolados", semelhantes aos que "ocorrem com frequência nas forças de segurança de todos os outros países".
O primeiro-ministro timorense garantiu assim que a PNTL está pronta para receber da polícia das Nações Unidas a responsabilidade executiva da segurança em todo o território de Timor-Leste.
"Ao longo de 2010 esperamos que a todo o dispositivo da PNTL sejam entregues os poderes inerentes à função policial, passando a responsabilidade pelo garante da segurança interna da Nação a estar, exclusivamente, nas nossas mãos, nos timorenses", disse Xanana.
O primeiro-ministro criticou, sem especificar, as "vozes que se têm feito ouvir em alguns sectores que, sistematicamente, colocam os interesses pessoais e corporativos acima do interesse nacional" e que "insistem", afirmou, em "procurar passar a mensagem de que a nossa policia não está ainda preparada para os novos desafios que tem de enfrentar".
A missão integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, que inclui a polícia, foi criada em Agosto de 2006, na sequência da instabilidade e dos actos de violência que ocorreram então no país, quando as forças armadas timorenses e a PNTL entraram em confronto, num conflito que causou mais de 30 mortos e cerca de cem mil deslocados.
Em Fevereiro de 2009 as Nações Unidas renovaram por um ano a missão policial em Timor-Leste.
Uma década depois da criação da PNTL, Xanana Gusmão destacou hoje o que considerou ser a influência positiva da nova lei orgânica da PNTL que, afirmou, veio reforçar as cadeias de comando, a hierarquia e a disciplina nas forças policiais.
"Este modelo é, sem dúvida alguma, aquele com que melhor se identifica a nossa Polícia.
A existência de uma cadeia de comando claramente definida (…), trouxe à PNTL a necessária coesão interna e espírito de corpo, e, consequentemente, a capacidade de responder com mais prontidão e eficácia aos desafios que enfrenta", afirmou o primeiro-ministro timorense.
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