O terramoto do Haiti já não provocou as mesmas discussões teológicas do terramoto de Lisboa – mas, ainda assim, aqui e ali, a acusação surgiu…
Já que, neste caso, não é possível culpar o homem – em particular, o homem ocidental, o “homem branco” (ainda que vontade não falte) – tem que se arranjar um culpado…
Talvez seja, de facto, um “fardo” demasiado grande assumir que toda aquela gente morreu porque, simplesmente, estava no local errado à hora errada. Não pagaram nenhum pecado – desta ou doutras fantasiosas vidas anteriores. Simplesmente, tiveram azar. Tão-só.
2 comentários:
Caríssimo Renato Epifânio,
infelizmente o factor aleatório azar/sorte é uma condicionante da nossa humanidade, daí que todos os progressos e desenvolvimentos exclusivamente materialistas são formas de alienação do Ser Humano. Mas estas terríveis tragédias só são emocionalmente assimiláveis com as convicções da teleologia cristã, ou eventualmente de outra teleologia religiosa, com a ajuda humanitária, a ajuda afectiva, a coragem...Perante estas monstruosas catástrofes somos sempres Seres microscópicos...
Um abraço, Nuno Sotto Mayor Ferrão
Penso que sim, eu mesmo as vejo pela teologia luciferina, ou seja: apressemo-nos em dominar a natureza, ou estamos tramados...
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