AS FORÇAS MATRICIAIS DA NAÇÃO
Conselhos dos Sábios Ancestrais
(Salve 1º de Dezembro de 1640/2009)
J. Jorge Peralta
1. Depois de escrever “FARSA DOS CRAVOS VERMELHOS”, ainda meio atônito, com o panorama descortinado, senti, um novo desafio, no meu psiquismo, necessidade de realçar as forças matriciais da nação: as ideias-força que deram vida e vigor à nacionalidade. Nasceu o “RESTAURAR PORTUGAL”. Veio a calhar. No próximo ano celebramos 350 anos da Restauração, por D. João IV e 100 anos de República.
Precisamos articular as duas comemorações.
2. Enfim, Portugal é a primeira nação dos tempos modernos, fundada em nova correlação de forças, dentro dos ideais humanísticos dos Templários com decisivo apoio dos cistercienses franciscanos e outras ordens monásticas, no início do século XII.
As ideias foram se articulando, em minha mente, até encontrarem seu Norte.
Pensei na imensa plêiade de homens e mulheres que construíram esta nação, tão especial, em suas ideias fundadoras e em todos que mantiveram aceso e multiplicados os ideais dos nossos ancestrais, que hoje mantemos sempre renovados e revitalizados.
Veio-me em minha mente a referência paradigmática que, aos nossos heróicos ancestrais, faz o Hino Nacional:
“Ó Pátria! Sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há de guiar-te à vitória!”
Pus então, na boca de um anônimo antepassado:
“O espírito de Portugal, não se perderá jamais. Ele está gravado em pedra, no ar, no mar e no psiquismo coletivo da nação”.
Por incrível que pareça, a nossa “geração à deriva” desaprendeu a respeitar os nossos ancestrais, como se o país não tivesse história: as novas gerações já despertam para novas descobertas que alguém lhes ocultou.
3. O que divulgamos aqui, num enredo muito simples, é um presumível “Concílio de nossos Sábios Ancestrais”.
Vieram tomar posição firme contra a tentativa de anexar Portugal à Espanha, sob o tacão de Madri, camuflado com o nome de União Ibérica, pulverizado por mais de novecentos anos de histórias e glórias de um pequeno mas grande, honroso e rico país. Vieram dar pleno apoio à “União Lusófona de Nações Soberanas”.
Este é o enredo da ópera. Leia e verá os seus olhos brilharem com mais luz!
Nossos Ancestrais são um livro aberto. Têm muito a nos contar.
4. Em foco, nos textos desta série, está o realce à soberania e ao potencial de Portugal, como uma nação de muitas grandezas, se se assumir como é: a matriz da lusofonia, miscigenada e pelos quatro cantos do mundo repartida, mas unida pelo espírito e alma que tudo dinamiza.
Portugal, sem prepotências, está no centro da lusofonia, que busca as forças de sua unidade, articulada em grande e enriquecedora multiplicidade. A matriz da lusofonia precisa ser honrada, sem arrogâncias ou prepotências, descabidas sempre...
O Espírito democrático que preside às relações entre os povos lusófonos pode levar à presidência do nosso país um negro, ou um mulato, sem qualquer constrangimento. É questão apenas de consciência, competência e mérito. Afinal, também Portugal, hoje, é um país miscigenado, biológica e culturalmente. As pessoas medem-se pelos próprios méritos: democracia deveria ser meritocrática...
5. A Lusofonia, em sua realidade múltipla, é mais que uma União ou Federação de países soberanos mas solidários: é uma nova civilização que fortalece o bem-estar, a prosperidade da humanidade, em perspectivas mais humanitárias e solidárias.
Portugal, no entanto, precisa saber superar esta fase de conspirações, que vai amortizando a alma audaz da nação.
A satanização de Portugal, de sua alma e de sua história, e a grande mistificação que armaram para dominar a nação, precisam retomar o lugar que lhes cabe, para que a nação seja libertada em sua essência e real grandeza, sem romantismos balofos.
Restaurar Portugal deve ser a nova voz de comando, em toda a nação e em toda a lusofonia.
Para ler mais, “Restaurar Portugal” (clique)
http://tribunalusofona.blogspot.com/2009/11/restaura-portugal.html
Leia também: A Farsa dos Cravos e o Brilho das Rosas (clique)
http://tribunalusofona.blogspot.com/2009/11/plano-do-texto.html
Para saber, mais leia também: Nossa Pátria Lusófona
http://www.portaldalusofonia.com.br/artigosnossapatria.html
6 comentários:
"Cistercienses franciscanos" é certamente um lapso: os bons monges eram beneditinos.
Desculpem a ignorância, mas Cistercienses, Franciscanos e Beneditinos, não eram ordens religiosas diferentes?
Existe até um aforismo que reza assim: “Os Beneditinos gostam dos montes, os Cistercienses dos vales, os Jesuítas da cidade e os Franciscanos das aldeias”.
E não eram os Cistercienses denominados de monges brancos?
Nunca tinha ouvido esse, mas é fabuloso... e verdadeiro!
A ordem de Cister é de matriz beneditina. Como várias vezes aconteceu na história das Ordens religiosas, foi fundada por um grupo mais 'rigoroso' que achava que o antigo espírito de S. Bento estava um pouco relaxado... São o que há dentro da família beneditina mais próximo do espírito de 'clausura': pouco contacto com o mundo.
Tive o deslumbramento de ver, nas férias deste ano, as ruínas da primeira abadia portuguesa, em São João de Tarouca junto a Lamego. São de uma beleza esmagadora - e estão ameaçadas por um 'projecto' de transformação numa 'unidade hoteleira de luxo'. É isto o que acontece à memória das coisas.
Esses monges vieram para cá em tempo de D. Afonso Henriques, crio que por volta de 1150 - poucos anos depois da fundação da Ordem. Antes, dentro do mundo beneditino, a Abadia-mãe era Cluny, em França - e Alcobaça em Portugal. Esta, diz-se, erguida por D. Afonso Henriques em agradecimento da vitória de Ourique...
Os franciscanos são uma ideia absolutamente nova, mais tardia - o S. Francisco tinha 3 ou 4 anos de idade quando o D. Afonso Henriques morreu... são frades mendicantes, que se instalam fora de portas das cidades - os mosteiros franciscanos e de clarissas estão sempre na periferia - e que se dedicam à pregação, sem se instalarem em grandes mosteiros auto-suficientes do ponto de vista agrícola como faziam os beneditinos. Não estão na cidade, como mais tarde os jesuítas (que serão professores, essencialmente) mas andam perto dela.
A partir do fim do séc. XIX desenvolveu-se gradualmente uma teoria curiosa - a de que todos estes, em Portugal, seriam uma espécie de 'heréticos' com grande influência junto dos reis - o exemplo mais conhecido é o 'culto do Espírito Santo' franciscano de D. Dinis e Isabel; obviamente trata-se de mera propaganda anti-católica ;)
Se eu me fizesse monge era cisterciense - agora são chamados 'trapistas' :)
E de facto Sao JOão de Tarouca é um belíssimo vale - rodeado de montanhas por todos os lados. O guia das ruínas chamou a atenção para isso e explicou que era por cautela de defesa de mouros - um pouco estranho, uma vez que o mosteiro foi fundado mais ou menos por altura da conquista de Lisboa: por essa altura, em Lamego já só haveria Moiras Encantadas...
Despertaste-me a curiosidade. Tenho de arranjar tempo para ler umas coisas por aí.
Refiro-me às Moiras Encantadas, claro. (brinco)
Forte abraço, Casimiro.
E eu quero restaurar o Brasil e a Guiné! Tretas...
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