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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O "Lusitanismo" existe mesmo?

Segundo um artigo na Wikipedia portuguesa, o ""Lusitanismo" é uma doutrina nacionalista estremenha (da Extremadura Espanhola) que defende uma união política com Portugal, para criar uma Federação Lusitana, cuja bandeira seria verde, branca e vermelha." Este artigo é acompanhado por um artigo idêntico, mais extenso e provavelmente anterior ao português.

Esta lacónica frase é repetida - quase sem alterações - em vários fóruns e grupos de discussão na Internet, sendo usada sempre por portugueses e nunca por espanhóis ou habitantes da Extremadura.

A teoria é que tal federação permitiria reencontrar a tradição perdida da Lusitânia pré-romana, uma região de cultura e língua próprias e que sob Viriato chegou a colocar em causa o domínio de Roma na Península. Após a romanização, a província perdeu esse carácter único e latinizou-se como poucas, com excepção talvez da Bética. Mais tarde, sob os muçulmanos, terá aqui existido o "reino de Badajoz" que reunia sob a mesma bandeira territórios hoje sob administração portuguesa e espanhola da antiga Lusitânia. Existe atualmente na Extremadura um inusitado interesse pela língua portuguesa, havendo aqui mais de trinta mil alunos de português. É na também aqui que se encontram os três concelhos de Olivença, ocupados ilegalmente por Espanha desde 1801. Na Extremadura há um caracter identidário forte com a existência da "língua da Extremadura", usada com especial incidência numa região entre o vale de Xálima (ou Jálama) e o vale do rio Ellas (ou Eljas), a noroeste da província de Cáceres.

Segundo o artigo da Wikipedia espanhola sobre o "Lusitanismo" extremenho, esta corrente de opinião estaria ativa a norte da província de Cáceres, desde San Martín de Trevejo (San Martín de Trevelhu) até Valverde del Fresno (Valverde do Fresno). O artigo reconhece que em Olivença - onde apesar de tudo ainda se fala a língua de Camões - o "Lusitanismo" não teria praticamente apoiantes.

O problema é que além destes dois artigos na pouco fiável Wikipedia (qualquer anónimo pode criar e alterar textos aqui, na maior das impunidades) e de referencias a ambos em fóruns de discussão, nada mais se encontra. Nenhum blogue, nenhum sitio da "corrente", e sobretudo nenhuma referencia ao "Lusitanismo" nos meios de comunicação oficiais pode ser encontrada... Será que existe mesmo o Lusitanismo? E os Lusitanistas? Serão reais ou... Irmãos do Monstro do Loch Ness?

14 comentários:

Klatuu o embuçado disse...

Existe: a Península Ibérica sempre foi um vespeiro na produção de palermas; Portugal não é excepção.
E o interesse de todos esses grupelhos para a Lusofonia é precisamente: zero.

Klatuu o embuçado disse...

Nota: Em Olivença fala-se Espanhol; excepto intelectuais, o Português já não é língua de uso.

Rui Martins disse...

Ainda é falado:
Maria de Fátima Resende Matias, "A agonia do português de Olivença", on Revista de Filologia Románica, 2001. Número 18, pp. 159-170
mas muito pouco e apenas entre idosos, sobretudo num dos seus 3 concelhos este número ascende ainda a 20% da população.

Casimiro Ceivães disse...

1801 foi há 208 anos.

Klatuu o embuçado disse...

Não é falado. Não é língua de uso. Uns velhinhos que ainda se lembram da Língua, não é suficiente para afirmar que em Olivença se fala Português. Como não se fala em Goa, ou em Macau... mas aí nunca se falou!... (a grande maioria destas populações nunca teve o Português como Língua).

Rui Martins disse...

a língua portuguesa de Olivença só estará perdida quando todos tal acreditarmos.
e isso é o que Madrid quer.
Nós (membros do MIL) devemos querer isso também?
Não me parece.

Klatuu o embuçado disse...

Há em ti uma certa tendência para não me perceber, ou é alguma coisa mais? Onde é que eu afirmei isso?

Apenas corrigi a tua afirmação, errada, de que se fala Português em Olivença. Não se fala. Já lá foste?

Além de que não percebi (ou talvez sim) por que foste trazer esta cretinice do «lusitanismo» para o blogue...

P. S. Mas quanto ao que o MIL quer e não... deixa-me dizer-te: eu só terei a certeza do que o MIL quer quando vir eleições para a sua direcção e uma Comissão Executiva a dirigi-lo que traduza o que os MILitantes pensam...

Eu... oponho-me frontalmente a que Olivença, Galiza e União Lusófona sejam o discurso orientador do MIL.

Klatuu o embuçado disse...

Eu até te digo (se estás tão preocupado com Olivença; mas faz isso tu) o que deves fazer: junta assinaturas de um número considerável de Portugueses e interpõe um processo no Tribunal Europeu contra o Estado Espanhol. Nem precisarão de consultar os Oliventinos... porque a única preocupação que vejo em Olivença, bem como na «Portugaliza» e no «Portugasil», é a de aumentar o território nacional, e nada mais - discurso comum a todo o patrioteirismo.

Rui Martins disse...

Klatuu:

1. Discordo de ti nesse ponto (e provavelmente noutros) da defesa da língua portuguesa em Espanha e da União Lusófona. Não quer isto dizer que tenhamos que estar em desacordo total e absoluto. Como membro do MIL suponho que te revês na Declaração de Princípios e que, logo, estamos maioritariamente de acordo em relação à maioria do que o MIL defende.

2. O Lusitanismo é um mito, inexistente da realidade. Se perceberes o meu artigo, lerás lá isso mesmo. Não quero "anexar" a Extremadura. Isso é absurdo. A questão é aqui relevante, no contexto da "curiosidade" e do enfraquecimento estratégico de uma Espanha que está em processo de assimilação linguística na Galiza. Quanto mais frágil for a posição diplomática de Espanha, mais fácil será recuperar o português oliventino e salvar o português oliventino. Concordo que quem (anónimo) defende a questão é "cretino" e sei que não te referes a mim, por isso, não me ofendo.

4. Não me interessa o "território nacional" já que a prazo defendo a sua dissolução numa União Lusófona, de pender descentralizado e municipalista...

Rui Martins disse...

pelo segundo "português oliventino" leia-se "português da Galiza"

Klatuu o embuçado disse...

Não há Língua Portuguesa a defender em Olivença: acorda!

Eu quero lá saber do Lusitanismo, o post é teu, não meu.

Quanto à Declaração de Princípios... leste lá algum princípio nacional-socialista do «espaço vital»??? Eu não.

Klatuu o embuçado disse...

Caso ainda não tenhas percebido, Olivença não faz parte da agenda diplomática há muito tempo. Espanha nem sequer pensa nisso. Olivença é território espanhol.

Rui Martins disse...

"espaço vital"?
Não defendo "espaço vital" nenhum que não seja o da língua, da sua defesa e da sua promoção.
nada de anexionismos, estéreis, perigosos e (nas consequências) assassinos.
Olivença faz parte (oculta) de uma agenda pífia... vê o episódio trágico-cómico da inauguração da ponte...

Casimiro Ceivães disse...

Clavis, és tu quem está em desacordo com a Declaração de Princípios, ao misturar uma União Lusófona QUE NAO AFECTA A SOBERANIA DOS ESTADOS E REGIÕES NELA ENVOLVIDOS (é o que lá se diz) com uma 'União' em que se 'dissolverá' o Estado Português.

Não uses as mesmas palavras para coisas diferentes - quem te lê, lê o que está escrito, só.

Abraço.