O embaixador de Portugal em Bissau, António Ricoca Freire, considerou que nos últimos meses a Guiné-Bissau iniciou um percurso pelo caminho da estabilidade o que traz esperança para o país.
"Contrariamente às expectativas, neste momento há um caminho de estabilidade que está em curso, há um caminho de esperança que vai alargando cada vez mais", defendeu Ricoca Freire, que falava em Bissau na abertura da Feira da Terra, promovida pela ONG 'Tininguena'.
Organização não governamental ligada à promoção dos produtos da biodiversidade, a Tininguena (Esta Terra É Nossa, no dialecto Biafada) abriu terça-feira a segunda edição da Feira da Terra, expondo produtos agro-alimentares, produtos artesanais e produtos manufacturados.
Para o embaixador de Portugal, os sinais da estabilidade da Guiné-Bissau ficaram ainda acentuadas neste mês de Dezembro, em que no espaço de uma semana, ocorreram em Bissau "dois importantes acontecimentos".
"Quando cá cheguei como embaixador de Portugal, no mês de Março, nada me faria prever que no mês de Dezembro ia assistir à semana de negócios da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e agora à abertura da Feira da Terra", declarou Ricoca Freire.
O diplomata português afirmou que além de indiciarem o caminho da estabilidade, os dois acontecimentos também devem ser vistos como o prenúncio do crescimento económico da Guiné-Bissau.
Para o embaixador, a construção da ponte sobre o rio Cacheu, que passa a ligar a Guiné-Bissau ao Senegal em hora e meia de viagem de carro, e a edificação de um porto de águas profundas em Buba ajudaram a acelerar o crescimento económico do país.
"O desenvolvimento faz-se de pequenas realizações e é isso que está a acontecer", precisou António Ricoca Freire.
Explicando o objectivo da Feira da Terra, a secretária executiva da Tininguena, Augusta Henriques afirmou que é uma oportunidade para que o produtor guineense possa estar "em contacto directo" com o consumidor.
A Feira da Terra, que decorre até ao próximo sábado, enquadra-se num projecto co-finaciado pelo IPAD (Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento) e União Europeia (UE) que visa a valorizar dos produtos da Guiné-Bissau.
O projecto, de três anos, é designado Ki Ku di Nós Tem Balur (o que é nosso tem valor).
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