"Dir-se-ia que, incerta de si, a pátria se procura nas raízes. Ou que, pelo menos aparentemente, procura protegê-las como se protegesse a própria vida. O que significaria que ao nível do subconsciente o nosso instinto de conservação continua acordado. Simplesmente, trata-se de mais um renascimento ilusório, dos vários que têm ocorrido sem consequências de maior."
Torga, M. (1987). Diário XIV, Coimbra, Ed. de Autor
Portugal, 31 de Julho de 2008
Caríssimo Mestre Torga:
Creia-me quando lhe digo que compreendo o seu cepticismo e a amargura das suas palavras. A bela e brava cultura lusitana tem, afinal, sido tão mal tratada ao longo dos últimos tempos… Mas permita-me, Mestre, a ousadia de lhe rogar que, desta vez, acredite na sinceridade dos nossos propósitos, e na exequibilidade da nossa missão. Estamos empenhados em promover as ideias e valores da cultura portuguesa e lusófona como contributo para um outro paradigma e uma outra globalização* e, aqui o afirmamos, não haverá quem nos demova. Por muitos Velhos do Restelo que se nos atravessem à frente, Mestre, não seremos travados na nossa senda. Por Portugal e a Lusofonia!
Receba uma vénia, onde quer que esteja.
Maria
*Manifesto Nova Águia.
Foto: Tecto dos claustros do Mosteiro dos Jerónimos (pormenor), foto tirada em Abril de 2008.
Música: Glória, Sétima Legião, letra de Miguel Esteves Cardoso.
2 comentários:
Uma Vénia e um Abraço. MIL.
Obrigada, Renato. Abraço MIL :)
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