Nove anos após termos lançado este novo conceito da "cidadania
lusófona", ainda há muita gente que o estranha. Assumimo-nos,
naturalmente, como cidadãos portugueses, por um lado, e como cidadãos do mundo,
por outro. Assumimo-nos ainda, com a mesma naturalidade, como cidadãos
europeus. Mas ainda não nos assumimos tão naturalmente como cidadãos lusófonos.
Seguindo o célebre "slogan" de quem assumiu como sua Pátria a língua
portuguesa (falamos, claro está, de Fernando Pessoa), "primeiro
estranha-se, depois entranha-se". Chegará - estamos certos disso - o dia
em que, naturalmente, nos assumiremos, todos, como cidadãos lusófonos.
Tal como ocorreu nos sete primeiros Congressos da Cidadania Lusófona, também o VIII Congresso, agora em articulação com o Observatório SEDES da CPLP, reunirá uma série de personalidades que muito se têm batido pelo reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono - no plano cultural, desde logo, mas também nos planos social, económico e político. Uma vez mais, iremos agregar Associações da Sociedade Civil de todos os países e regiões do espaço lusófono, desta vez em torno do tema "Percepções e Impactos da Guerra da Ucrânia no Espaço Lusófono".
Renato Epifânio
Presidente do MIL:
Movimento Internacional Lusófono
Presidente da PASC:
Plataforma de Associações da Sociedade Civil/ Casa da Cidadania
Coordenador do Observatório
SEDES da CPLP
1 comentário:
Concordo, plenamente, com o Fernando Pessoa e Agostinho da Silva em suas posições sobre a "Pátria e a língua". - Na Conferência “Evocação de Agostinho da Silva”, Fernando Dacosta afirma o seguinte: Inicialmente, Agostinho da Silva defendia dois blocos congéneres – a CPLP e a Comunidade de Povos da Língua Espanhola – que, num segundo momento, se transformariam na CPLI (Comunidade de Povos de Línguas Ibéricas). Só então este bloco poderia incluir a Guiné Equatorial, ironizou Dacosta. Um bloco ibérico capaz de fazer frente a outros blocos ao redor do mundo, um pensamento visionário mas ousado para a época.
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