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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Macau - Constrói centro de apoio aos artistas lusófonos

Macau assistiu esta terça-feira ao lançamento da primeira pedra de um centro de artes sino-lusófono, um investimento particular que já atingiu quase 31 milhões de euros, “para ajudar os artistas lusófonos”, disse à Lusa o benemérito, Ieong Tai Meng



O centro de artes vai funcionar também como uma residência artística, num edifício com mais de 20 pisos e uma galeria de exposições para trabalhos lusófonos, da China continental e de Macau, território que Pequim definiu estrategicamente para fazer a ponte com os países de língua portuguesa.

“O prédio vai ter mais de 20 andares. (…) Esperamos em 2022 ter obra feita e fazer as exposições de arte” num edifício que pode acolher mais de 100 pessoas, sendo que o investimento atualmente situa-se entre os “250 e 300 milhões de patacas [21 e 31 milhões de euros]”, explicou o presidente da Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos no decorrer do lançamento da primeira pedra do Centro de Artes da China, Macau e Países de Língua Portuguesa.

“Todos os países lusófonos são bem-vindos a Macau” e há planos para subsidiar o transporte dos artistas, em especial daqueles que “são muito pobres, em início de carreira”, para reforçar “ainda mais a amizade com o povo de língua portuguesa”, acrescentou Eduardo Ambrósio, cuja associação deu apoio à organização do evento.

“Como artista”, o investidor chinês que financia inteiramente o projeto, conhece as dificuldades daqueles que estão a arrancar com a sua carreira e “quer oferecer a Macau o que ganhou com Macau”, salientou.

Nascido em Sanshui, na província de Guangdong, o benemérito Ieong Tai Meng é um dos artistas chineses mais conceituados e premiados internacionalmente, assim como um importante académico que tem desempenhado um papel fundamental na formação de novos talentos artísticos em Macau.

“Sempre adorei esta indústria e esta carreira, por isso queria dar a minha pequena contribuição para reunir e ajudar os artistas lusófonos, criando mais atividades no futuro e servir Macau”, explicou à Lusa, sem adiantar o montante investido.

“Este centro de arte já tem sido preparado há mais de um ano e já fizemos um registo como Associação de Artista de Macau, China e Países Lusófonos. Através desta oportunidade, esperamos criar um centro, aumentando os encontros com as artistas dos países lusófonos”, afirmou Ieong Tai Meng, à margem do evento.

Para o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, trata-se de um projeto “que vai cimentar (…) a cooperação cultural que já existe entre a China e os países de língua portuguesa”, sobretudo porque vai “passar a existir um sítio onde vai haver um centro de exposições onde os artistas podem ser acolhidos, onde podem tomar as suas refeições, onde podem ter encontros com outros artistas deste grupo de países”.

“Penso que a questão da cultura e da língua são fundamentais para aprofundar as relações entre os povos. Prezo muito a diplomacia económica, (…) mas a diplomacia cultural é muito, muito importante, porque no fundo é aquela que vai permitir laços mais aprofundados entre os povos”, defendeu Paulo Cunha-Alves.

Já o cônsul-geral de Moçambique em Macau, Rafael Custódio Marques, sustentou a importância desta infraestrutura, “que vai facilitar o intercâmbio cultural ao nível dos países de língua portuguesa” e “perpetuar a cooperação que já existe e que é muito boa”.

Por sua vez, o cônsul-geral de Angola em Macau, Eduardo Velasco Galiano, sustentou que qualquer projeto “que vem beneficiar os países de língua portuguesa é bem-vindo, é bem recebido” e salientou um ponto essencial nas relações entre os povos: a de que “existem outros pontos de interesses, para além dos económicos”. In “Bom dia Europa” – Luxemburgo com “Lusa”

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