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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 24 de novembro de 2019

Lusofonia - Francês Edgar Morin recebeu ‘honoris causa’ da Universidade Lusófona do Porto



O filósofo e sociólogo francês Edgar Morin disse que Portugal é um “país extraordinário” e reforçou a riqueza da multiculturalidade, incluindo de uma lusofonia variada e extensa.

Edgar Morin, de 98 anos, falou na apresentação do livro “O Devir da Lusofonia”, de Isabelle de Oliveira, na Associação de Futebol do Porto, cujo preâmbulo assinou.

Segundo o pensador francês, “a lusofonia tem um papel importante a desempenhar”, realçando o “contributo importante” do trabalho de Isabelle de Oliveira, professora na parisiense Universidade Sorbonne-Nouvelle (III), “para a cultura [lusófona]” e para a Humanidade.

A sessão contou ainda com intervenções de várias personalidades, como a antiga candidata presidencial Maria de Belém, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, ou o presidente da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto, autor do posfácio.

Classificando a literatura portuguesa como “admirável”, Edgar Morin assentou a intervenção na riqueza da multiculturalidade, criticando ainda o papel do inglês como uma “língua universal que perde o sabor” em troca do valor para o mercado.

No início da “conclusão”, como apelidou a palestra que deu, o filósofo começou por explicar, em português, que “a francofonia pode ajudar a lusofonia”, lembrando depois Bento de Espinosa, um descendente de portugueses que, em Amesterdão, “acabou por influenciar o pensamento europeu moderno”.

Portugal é “um país extraordinário, que é atlântico e mediterrâneo ao mesmo tempo, ibérico e com ligação ao resto do planeta, com uma vitalidade e convivialidade e cordialidade extraordinária”, afirmou.

À Lusa, Isabelle de Oliveira destacou esta obra como abrindo “portas sobre a memória da diáspora portuguesa”, particularmente em França, para poder denunciar “o ‘clichê’ do trolha, da porteira, e olhar para a diáspora com outro olhar, mais positivo”.

Outra ideia importante é a de “chamar a atenção aos governantes” portugueses.

“A diáspora não é só as remessas, temos hoje altos quadros em todas as áreas, e dizer que já chega, basta, de olhar para esse conceito, para mim uma aberração, de lusodescendentes, somos todos portugueses”, atirou.

Sobre a ligação ao campo desportivo, Oliveira destaca Cristiano Ronaldo ou José Mourinho como “embaixadores” do mundo lusófono, da mesma forma que a diáspora é “embaixadora da língua portuguesa”, ligados ao país “por afetos”.

Lourenço Pinto destacou aos jornalistas a importância desta “manifestação cultural” para o esforço de formação de jovens enquanto desportistas e pessoas, um crescimento pessoal de que a cultura é “parte integrante”.

“Já dizia Coubertin que não há desporto sem valores e os valores no desporto são importantíssimos”, acrescentou.

Isabelle Oliveira é a diretora da Faculdade de Línguas Estrangeiras Aplicadas da Universidade Sorbonne-Paris III e tem escrito vários ensaios e textos sobre a elaboração e execução de políticas de promoção internacional da língua portuguesa.

Nascido em 08 de julho de 1921, em Paris, Edgar Morin tem assinado, ao longo das décadas, múltiplos trabalhos nas áreas da sociologia, política e filosofia, entre muitas outras.

De acordo com a biografia existente na página do centro a que deu nome, foi investigador do Centro Nacional de Investigação Científica, em França, entre 1950 e 1989, tendo sido diretor de investigação em 1970.

Em 2017, Morin já tinha apresentado outro livro da mesma autora, a obra “Lusofonia e Francofonia: A aliança da latinoesfera”, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

Na terça-feira, Edgar Morin recebeu um doutoramento ‘honoris causa’ pela Universidade Lusófona do Porto. In “Lusojornal” - França

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