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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sábado, 31 de agosto de 2019

Macau – Acordo de cooperação entre as Universidades de Cidade de Macau e Cabo Verde



A Universidade Cidade de Macau (UCM) assinou ontem no território, um memorando de entendimento no âmbito da mobilidade internacional com a Universidade de Cabo Verde. Em resultado deste memorando encontra-se já em processo de desenvolvimento um doutoramento em Relações Internacionais.

“Quer dizer que haverá possibilidade de estudantes que fazem o doutoramento na Universidade de Cabo Verde se deslocarem a Macau para passar alguns meses e vice-versa”, explicou o pró-reitor para Pós-Graduação e Investigação da Universidade de Cabo Verde, Aristides Silva, em entrevista ao Jornal Tribuna de Macau.

Não será no próximo ano lectivo, mas Aristides Silva prevê que este projecto possa arrancar no próximo: “Já não vamos a tempo porque é um processo muito burocrático em termos de implementação dos cursos. Acreditamos que para 2020/2021 vai haver essas condições”. “Esperamos que atinja um bom porto”, acrescentou.

O acordo foi assinado por Aristides Silva e pelo pró-reitor, da UCM Ip Kuai Peng, tendo o encontro contado com a presença do professor Francisco Leandro.

A preocupação de Aristides Silva prende-se maioritariamente com o financiamento da mobilidade. “A minha preocupação não é a negociação do doutoramento em si, mas sim encontrar fundos para apoiar a mobilidade dos estudantes, isso é que é fundamental”, afirmou, ainda acredita que há uma “luz ao fundo do túnel”.

“Muito recentemente abriu o Instituto Confúcio na Universidade de Cabo Verde, temos boas relações com a embaixada, ou seja, temos já uma rede de conexões e parcerias que poderão facilitar” nesse apoio, clarificou.

Aristides Silva considera que a universidade é “muito aberta” a iniciativas como é o caso da mobilidade a nível internacional, dando como exemplo dessa abertura o facto de recentemente ter recrutado um reforço que está focalizado apenas na área das relações internacionais. Porém, os programas de mobilidade “estão um bocadinho limitados, são poucos”, acrescentou. Neste momento há protocolos com o Brasil, Portugal, República Checa e Bruxelas. O protocolo com a UCM abre agora portas para a região da Ásia. “Acredito que devemos continuar com a diversificação das áreas de protocolo e dos países com os quais estamos a fazer os acordos (…) Agora o que estamos a fazer agora é tentar abranger esta zona toda, o que faz todo o sentido”, prosseguiu Aristides Silva, acrescentando que acredita que este memorando “é mais uma peça do puzzle que estamos a montar” e cujo objectivo é ter as “conexões ramificadas”.

Aristides Silva é cada vez mais um defenso acérrimo da mobilidade internacional. O seu percurso académico estendeu-se a três continentes – passou por Portugal, Estados Unidos e China, além de Cabo Verde – e a experiência deixou marcas.

“É uma vantagem ter estado em situações fora da minha zona de conforto. Tanto a cultura geral que desenvolvemos, como as metodologias de ensino de cada país, tudo isso é muito interessante”, observou.

Se defende que a mobilidade é “benéfica a nível administrativo”, também o é para docentes e “particularmente para estudantes” porque “ainda estão na fase embrionária em que não definiram quem são”. Experienciar a cultura e ensino de outros países é assim uma forma de “ganhar outros horizontes”, acrescentou Aristides Silva.

Além disso, o pró-reitor defende também que estudar num idioma diferente daquele que é o nosso próprio abre um leque de possibilidades. “No meu caso, se tivesse ficado só com a língua portuguesa, teria muitas limitações. Em termos do acervo bibliográfico internacional que existe e que é vasto, por exemplo”, contou. “Devemos conhecer outros idiomas que nos permitam consultar também conteúdos académicos fundamentais, por isso a mobilidade tem de continuar a ser cada vez mais forte”, reiterou.

Questionado sobre se os estudantes mostram interesse por este tipo de iniciativa, Aristides Silva foi peremptório: “Os alunos cabo-verdianos são muito interessados neste tipo de experiência. Às vezes a preocupação é como conseguir uma bolsa de mobilidade”.

Mestrado no Porto deve avançar este ano

Portugal é um dos países com que a Universidade de Cabo Verde tem vários projectos – “por afinidade as coisas começaram mais rapidamente e agora estamos a tentar aproximar-nos de outros países”, observou Aristides Silva.

Este ano lectivo deverá avançar um mestrado em língua inglesa no Porto. “Já estamos em fase muito avançada e deverá ir para acreditado no ministério brevemente”, avançou Aristides Silva. Neste momento, “estamos a identificar alguns professores da Universidade do Porto que irão deslocar-se para colaborar neste aspecto. Estamos a tentar que se inicie agora no ano lectivo de 2019/2020”, concluiu. Catarina Pereira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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