Bissau – O Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação-FAO promove em Bissau uma reunião consultiva sobre o modelo de Estratégia Regional para o emprego para jovens no sector de Aquacultura e cadeia de valores afins.
Intervindo na reunião, Ana Menezes, especialista de Aquacultura da FAO, em Roma, disse que existem poucas evidências do potencial de criação de emprego no sector de aquacultura nos países da África, razão pela qual, o assunto será debatido neste encontro, como forma de abrir horizontes para juntos pensarem em que tipo de investimento, e em quais subsectores da aquacultura pretendem investir para transformar o sector.
A especialista acrescenta que o programa ASTF e vários outros projectos, actuam directamente na componente de produção e comercialização, apoiando mulheres e homens jovens a terem acesso a oportunidades de negócios através da produção de peixe, mandioca, rações para peixes e outras cadeias de valores da Aquacultura.
“Entre o início e meados dos anos 2000, a aquacultura mostrou um certo desenvolvimento, mas infelizmente não conseguiu manter o seu crescimento como esperado. Foram identificados como condutor deste declínio, alto custo de insumos de produção entre os quais, fertilizantes, sementes, rações, factores de produção maquinaria, infra-estruturas entre outros factores”, referiu.
Para Ana Menezes, ciar emprego mais lucrativos para os jovens na agricultura é particularmente urgente.
Menezes realçou por outro lado que, com a criação de empregos atraentes e decentes para mulheres e homens jovens no sector de aquacultura, O Fundo Fiduciário de Solidariedade Africana (ASTF) contribui significativamente para a segurança alimentar, a resiliência dos meios de vida e redução da pobreza rural, assim como para sensibilizar aos jovens de que a emigração não é a sua principal fonte de esperança na vida.
A elaboração dum modelo de estratégia de emprego jovem e identificação de intervenções a serem realizadas pelo governo, organizações internacionais, sector privado, organizações juvenis, e outras partes interessadas, são alguns dos resultados esperados do referido encontro.
As conclusões e recomendações dos participantes, serão consolidadas num relatório a ser publicado mais tarde pela FAO em colaboração com parceiros governamentais.
“Os resultados da reunião consultiva ajudarão a FAO a refinar e fortalecer seu objectivo estratégico, criar mais oportunidades de emprego decente para juventude rural nos sectores agrícola e não-agrícola”, disse Meneses.
A reunião iniciada quarta-feira termina no dia 30 de Setembro e conta com a participação de 30 delegados de seis países de África Ocidental e de representantes de organizações regionais, directores de agências governamentais, da FAO, ONGs, organizações de jovens rurais e do sector privado. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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