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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Moçambique – Ferrovia, porta aberta para o futuro

A nova vaga de construção de linhas-férrea em África tem vindo a prestar mais atenção às necessidades reais dos países africanos, principalmente no Oceano Índico e países sem acesso directo ao mar da região dos Grandes Lagos.

É nessa óptica que Moçambique é visto como um dos grandes intervenientes nesta “revolução ferroviária” em África, dado que, embora as ferrovias que detêm sirvam fundamentalmente para transportar carvão, poderão servir igualmente para apoiar o crescimento do comércio transfronteiriço.

Um artigo recentemente publicado no China-Lusophone Brief (CLBrief), um serviço de informação sobre a China e os países de língua portuguesa, destaca que Moçambique poderá vir a ter um papel a desempenhar na nova geração de linhas de caminho-de-ferro em África.

“As linhas de caminho-de-ferro que transportam carvão da África do Sul e do Botsuana para exportação podem ser utilizadas para transportar outros produtos e as linhas que existem na região Centro de Moçambique, podem ser igualmente utilizadas para transportar os produtos que os países sem acesso ao mar da região, casos do Malawi e Zimbabwe, precisam de exportar”, lê-se no artigo, a que O País teve acesso.

A China Railways propôs a construção de uma ferrovia ligando Moçambique ao Zimbabwe, através da Zâmbia, um projecto com um custo estimado em 2,5 mil milhões de dólares que dará acesso facilitado aos portos moçambicanos.

O projecto levou no final de Julho último a Harare, uma delegação da China Railways, chefiada pelo vice-presidente Shao Gang, para contactos com o governo local, juntamente com o parceiro local, a Global Power Bridge International.

A primeira fase do projecto consistirá numa ligação de 400 quilómetros entre Shamva, no Zimbabwe, e Moatize, em Moçambique, de onde parte uma linha de 900 quilómetros de extensão até ao porto de Nacala (Corredor Logístico de Nacala, por onde é escoado o carvão da mina de Moatize, produzido pela brasileira Vale).

O projecto envolve ainda a construção de uma linha de 1700 quilómetros ligando directamente Binga, na fronteira do Zimbabwe com a Zâmbia, até ao porto de Nacala.

Ciente dos desafios, a empresas Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM), anunciou recentemente que pretende investir 200 milhões de dólares na modernização da sua rede ferroviária ao longo dos próximos três anos. Edson Arante – Moçambique in “O País”

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