*É um Lusófono com L grande? Então adira ao MIL: vamos criar a Comunidade Lusófona!*

MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
SEDE: Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa)
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NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI

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Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).

Desde 2008"a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".

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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

domingo, 28 de janeiro de 2018

É urgente definir quais serão os hub ports brasileiros...

No mercado mundial, as grandes empresas armadoras, para se tornarem mais competitivas, têm construído navios cargueiros cada vez maiores e formado joint ventures internacionais que permitem o transporte de cargas de um número cada vez maior de armadores.  Essa é a tendência mundial para a qual o Brasil não está preparado, pois, em razão da deficiência de infraestrutura, não dispõe de muitos portos para receber esses navios.

Em função disso, muitos exportadores não têm acesso a linhas de navegação para determinadas regiões do planeta porque esses megacargueiros não conseguem chegar às regiões onde eles estão instalados. Para tanto, esses exportadores dependem de um transporte doméstico de grandes distâncias – por terra, por mar ou hidrovia -, o que acaba por encarecer demais o produto, deixando-o sem preço competitivo no mercado externo.

Na tentativa de superar essas deficiências, vários portos têm sido erigidos como hubs logísticos, sem que disponham de capacidade para tal. É o caso do porto de Santos, o maior da América Latina e responsável por 27% do comércio exterior brasileiro, que, se dispõe de acessos ferroviário, rodoviário e por cabotagem e está localizado em região próxima aos grandes mercados produtores e consumidores, enfrenta um grande obstáculo para se tornar concentrador de cargas, pois o seu calado de 11,2 metros não permite a entrada de grandes navios transportadores de contêineres, com capacidade de 5 mil a 8 mil TEUs (twenty feet or equivalente unit, ou seja, unidade de 20 pés), pois essas embarcações exigem profundidade de 15 a 16 metros.

A princípio, imaginou-se que um serviço de dragagem poderia levar o canal do estuário a uma profundidade de 15 metros, mas, depois de se gastar muitos milhões de reais, concluiu-se que o calado só poderia chegar a 12,4 metros. Apesar disso, um grupo de trabalho do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil ainda discute uma proposta de privatização da gestão da dragagem do porto, que seria realizada por um consórcio formado por arrendatários, operadores portuários, terminais privados e, possivelmente, pela Companhia  Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Que existe a necessidade de serviços de desassoreamento dos canais de navegação e dos berços de atracação, não se questiona. O que se exige é que haja mais critério em sua execução, pois, do contrário, continuará a haver o desperdício de recursos públicos e privados para a obtenção de resultados pífios.

É claro que o porto de Santos ainda será importante para a economia nacional por muitos anos, mas não reúne as condições necessárias para se tornar um hub port completo em razão de sua localização geográfica e incapacidade para receber grandes cargueiros, a não ser que seja construído um berço de atracação off shore (avançado no mar), o que exigiria investimentos incalculáveis.  Em melhores condições como portos de águas profundas estão Sepetiba, no Rio de Janeiro, e o Porto Central, em Santa Catarina.

Portanto, é urgente definir quais serão os hub ports brasileiros – pelo menos um na região Sul-Sudeste e outro na região Norte-Nordeste. E a partir daí trabalhar com mais critério. Milton Lourenço - Brasil
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Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br.

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