O secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e dos Assuntos
Parlamentares disse hoje à Lusa que os canais Internacional e África da
RTP são «projetos âncora» para a lusofonia e foram discutidos com a
CPLP.
Feliciano Barreiras
Duarte encontrou-se hoje em Lisboa com o secretário executivo da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Muragy, com
quem abordou, entre vários assuntos, a questão da comunicação social no
espaço da lusofonia e em particular, o futuro da RTP.
«Falámos
sobre algumas preocupações que existem no futuro da RTP Internacional,
RTP África - que são projetos âncora para a CPLP - e ficámos de voltar a
falar, porque eu estou a preparar em nome do Governo um pacote político
e legislativo para esta área da comunicação social», disse Feliciano
Barreiras Duarte à Agência Lusa, referindo que os cerca de 20 diplomas
vão ser anunciados nas próximas semanas.
No
contexto da comunicação social, os cortes orçamentais anunciados para a
agência Lusa, com delegações e jornalistas nos países da CPLP, não
foram discutidos na reunião que se prolongou durante cerca de uma hora.
«Não
se falou sobre a Agência Lusa mas não tenho dúvidas que aquando da
aprovação desse pacote vamos ter oportunidade de falar até porque a
Agência Lusa é dos instrumentos mais importantes para o conhecimento de
toda a realidade lusófona», adiantou.
Barreiras
Duarte salientou que «a Agência Lusa tem cumprido de forma
extraordinária o seu papel em vários destes países para transmitir não
só os valores, neste caso concreto de Portugal, mas acima de tudo
permitir a troca de informação, que é importantíssima, não só do ponto
de vista político, mas económico e empresarial», disse o secretário de
Estado.
Questionado sobre
se os cortes anunciados podem pôr em causa o papel da Lusa na referida
«realidade lusófona», o secretário de Estado respondeu que não queria
falar do assunto.
Além da
RTP, o secretário executivo da CPLP e o secretário de Estado adjunto do
ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares abordaram ainda o
projetoem Timor Lesteapoiado pela Comissão Europeia que tem em vista
aprofundar a Liberdade de Imprensa e a liberdade de opinião.
De
acordo com Feliciano Barreiras Duarte, o projeto timorense pretende dar
oportunidade a que a comunicação social do país «se assuma como um
instrumento importante da promoção da democracia» para que a República
Democrática de Timor Leste se possa assumir, afirmou, como um «Estado de
Direito de corpo inteiro».
Diário Digital com Lusa
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