Argélia, Botsuana, Namíbia, Ruanda, África do Sul, e Suazilândia foram os restantes países, aos quais se junta a região de Zanzibar, na Tanzânia.
Segundo a OMS, em todos estes países as reduções na mortalidade estão associadas a intensas intervenções para controlo da doença. Na sub-região da África ocidental, Senegal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são os exemplos mais claros da relação entre a intervenção e o seu impacto, revela a OMS.
A organização considera que o esforço de São Tomé e Príncipe é elevado na área do diagnóstico, com a taxa anual de análises ao sangue a atingir 30 por cento, muito acima dos restantes países daquela sub-região. Tanto Cabo Verde como São Tomé e Príncipe têm uma grande cobertura de pulverização intra-domiciliar com inseticida de ação residual (IRS) e em São Tomé este método é utilizado juntamente com as redes mosquiteiras impregnadas de inseticida.
São Tomé e Príncipe registou, em 2010, 2.262 casos prováveis e confirmados e 14 mortes associadas à malária. Em 2000, o número de casos era de 32 mil. Quanto a Cabo Verde, o número de casos prováveis e confirmados diminuiu de 144 para 47 em dez anos.
No extremo oposto da lista de países africanos onde a malária é endémica estão a Nigéria, com 197 mil mortes registadas, o Quénia, com 26 mil, e a República Democrática do Congo, com 23 mil.
Angola, com 8.114 mortes, ocupa o nono lugar da lista. O número de casos prováveis e confirmados não só não diminuiu nos últimos dez anos, como aumentou, de dois milhões em 2000 para 2,78 milhões no ano passado.
Moçambique ocupa o 14.º lugar, com 3.354 mortos. Apesar de a OMS não ter registo de dados sobre Moçambique em 2000, os números de 2007 apontam para um total de 6,1 milhões de casos prováveis e confirmados, valores que diminuíram para 1,5 milhões em 2010.
O relatório destaca ainda que Moçambique registou a mais baixa cobertura de redes mosquiteiras e pulverização com inseticida da sub-região da África oriental e conclui que é necessário mais investigação para entender como é que ainda assim se registou uma diminuição do número de infeções.
Seis países da região africana, incluindo a Guiné-Bissau, não forneceram este ano dados sobre as mortes provocadas pela malária.
Quanto aos restantes países lusófonos, o Brasil registou 74 mortes associadas à malária e 334 mil casos prováveis e confirmados, quando em 2000 este número era de 613 mil.
Por seu lado, em Timor-Leste, houve 58 mortes e 119 mil casos prováveis e confirmados, um grande aumento face aos 15 mil casos de 2000. A OMS recorda que se registou um grande aumento na realização de testes de diagnóstico nesta década no país, pelo que é difícil perceber qual é a verdadeira tendência na incidência da malária.
Fonte: Notícias Lusófonas
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