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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os brasileiros não são estrangeiros. Nenhum lusófono o é...

Brasileiros constituem 26 por cento dos estrangeiros residentes em Portugal

Os brasileiros eram, em 2009, a maior comunidade estrangeira a residir legalmente em Portugal. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) que refere a existência no país, àquela data, de um total de 457 mil estrangeiros, o que representa um aumento de 14 mil pessoas face ao ano anterior. Este era, de resto, o mais elevado registo de sempre relativo a estrangeiros a residir no país.


Os números da OCDE, ontem divulgados, dizem ainda que a segunda comunidade estrangeira com maior representatividade ao período em apreciação é a ucraniana, seguida da cabo-verdiana.

Enquanto a OCDE refere que os brasileiros correspondem a 26 por cento dos estrangeiros residentes em Portugal, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz que esta comunidade representa 25 por cento do total (116.220 pessoas, contra 106.961 contadas um ano antes). Em 2009 o número de ucranianos era de 52.293 (12 por cento do total de estrangeiros) e o de cabo-verdianos ascendia a 48.845 (11 por cento). Estes números ter-se-ão entretanto alterado no decurso do último ano, havendo fortes indicadores de um regresso acentuado dos naturais do leste da Europa, sobretudo ucranianos, aos seus países de origem.

Embora o relatório da OCDE não faça referência, os dados do SEF dizem que os estrangeiros, à semelhança da população nacional, ocupam predominantemente as zonas do litoral. A região de Lisboa, com mais de 196 mil pessoas referenciadas, era a área mais povoada pelos imigrantes. Seguiam-se os distritos de Faro, com mais de 73 mil indivíduos, e Setúbal, com quase 50 mil. Os distritos do interior são aqueles que menos imigrantes acolheram, com destaque para Viseu, Bragança e Guarda, onde os estrangeiros registados não chegaram aos dois milhares.

Em 2009 os imigrantes em Portugal eram, em 52 por cento dos registos, do sexo masculino. O grupo etário mais representado estava compreendido entre os 20 e os 39 anos (218 mil indivíduos, com ligeira predominância de mulheres). Brasil, Cabo Verde, Ucrânia, Moldávia e Angola foram países que fizeram entrar em Portugal mais mulheres do que homens, verificando-se a situação inversa em relação à Roménia e à Guiné Bissau.

As estatísticas mostram ainda que desde 2005 e até 2009 tem havido um aumento do número de estrangeiros a residir legalmente no país. No período de 29 anos (desde 1980 a 2009) o número de estrangeiros a residir em Portugal passou de menos de 51 mil para os já referidos 457 mil estimados pela OCDE. O SEF diz que o maior crescimento se registou entre 2000 e 2001, altura em que o crescimento percentual ultrapassou os 69 pontos.

No contexto europeu, e ainda de acordo com os dados da OCDE, Portugal surge quase sempre na posição intermédia relativamente a autorizações e vistos concedidos a estrangeiros.

A OCDE faz ainda referência à imigração portuguesa (dados com dois anos) salientando o facto de, uma vez mais, os nacionais escolherem o Luxemburgo e a Suíça como os principais destinos para trabalharem.

Refira-se, por fim, que os pedidos de asilo a Portugal decresceram de 161 em 2008 para 139 no ano seguinte. Os dados do SEF dizem que, há dois anos, o maior número destes pedidos foram feitos por cidadãos da Eritreia, Guiné e Mauritânia.


Fonte: Notícias Lusófonas

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