- D. Duarte (http://www.abola.pt)
"Se não acreditarmos no nosso dever espiritual, se pensarmos que a nossa função no mundo é apenas a de sermos um pequeno país europeu com dinheiro suficiente para todos os confortos da vida, teremos uma vida sem perspectivas e sem futuro. Mas se acreditarmos que o nosso país tem um dever, uma missão, a missão de cooperar com os restantes países lusófonos - Angola, Moçambique, Timor, Brasil - de modo a criarmos uma fraternidade que amplie a nossa dimensão espiritual, então... Existem muitos portugueses a trabalhar em África, não pelo dinheiro mas porque acreditam que têm de estar ali. Precisamos de acreditar em algo maior do que a vida de todos os dias".
> os portugueses não são um povo comum. Os dinamarqueses, alemães ou suecos podem contentar-se com vidas monótonas e repetitivas, temperadas apenas com doses massivas de alcóol ou com férias em resorts turísticos sempre iguais. Mas os portugueses são diferentes. Para um português pleno nada é mais importante que a aventura e se deixámos marca no mundo foi essa, a de aventureirismo que caraterizou a nossa presença no mundo, enquanto que os outros imperialismos europeus se preocupavam em explorar e em retirar das suas possessões o maior rendimento possível. Com excepção do Brasil, Portugal não colonizou as suas colónias, e esteve sempre mais "estando" do que "ficando" numa doce inebries onde o espírito de Conquista, de Cruzada ou de Missão foi sempre o predominante.
"A nossa visão não é a de uma Europa a olhar para dentro de si mesma, para o seu umbigo, mas a de uma Europa que olha para fora. Tal como a Inglaterra, estamos divididos entre uma visão continental da Europa e uma visão atlântica."
> Portugal, quando em 1986, julgou encerrado o capítulo universalista da sua História a favor de um "regresso à Europa" (como se já lá tivesse estado alguma vez...). Errado. Não, está fechada. Está apenas por abrir... Como o MIL: Movimento Internacional Lusófono se encarregará de demonstrar, nos próximos anos.
Comentário a uma entrevista de Dom Duarte Nuno de Bragança
1 comentário:
Saudade da Monarquia!
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