Os circuitos do narco-tráfico estão a mudar. A intensificação da atividade das forças de segurança na América central e na Colômbia desviou as rotas mais para sul, até ao Peru e para a África Ocidental. Um e outro eixos são hoje a maior porta de entrada de droga num dos maiores mercados do mundo: a Europa.
Apesar da quantidade assustadora de assassinatos relacionados com o narco-tráfico, o México conseguiu afastar 20 dos seus 37 maiores traficantes e estudos recentes realizados nos EUA indicam problemas sérios com o trafico de droga mexicano: o preço da cocaína duplicou e a pureza diminuiu para metade daquilo que era registado à apenas um ano.
Ora, atualmente o principal ponto de entrada de droga na Europa é a Guiné-Bissau. E muito por culpa e responsabilidade europeia: os controlos de bagagens no aeroporto internacional de Bissau são – na mais suave das leituras – suaves ou até mesmo inexistentes e isto apesar de em praticamente todos os voos seguir algum tipo de droga para a Europa. No mínimo, a comunidade internacional (UE ou UA) devia pressionar o governo guineense para deixar estar presente no check-in uma equipa de polícias ou observadores da ONU? No mínimo, devia enviar agentes seus, à paisana, passando por esse check-in e denunciando todas as anomalias (numerosas) que encontrassem. No máximo, devia entregar a administração do aeroporto ou a sua segurança a forcas internacionais, já que as autoridades locais nao demonstram terem força ou vontade para parar o tráfico. E enquanto Bissau não aceitasse tal abordagem, o aeroporto devia ser interdito e o tráfego aéreo desviado para Dakar…
Estas forças internacionais deviam ser lideradas pela CPLP e serem essencialmente compostas por militares e agentes de segurança dos países lusófonos. Assim se garantiria uma maior e mais fácil integração com as populações e uma maior compreensão das necessidades e problemas locais sem que houvessem temores quanto a uma “intervenção estrangeira” por parte de potencias regionais como o Senegal ou a Nigéria, já que nenhum país lusófono tem pretensões territoriais sobre a Guiné-Bissau nem o fantasma do colonialismo (português ou brasileiro) mete medo a ninguém…
Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1824381&seccao=EUA%20e%20Am%E9ricas
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