«Para o “Além Guadiana”, as “Lusofonias” pretendem não só valorizar as raízes portuguesas de Olivença, mas também aproximar as múltiplas e variadas manifestações dos países pertencentes ao âmbito lusófono, como Portugal, Moçambique, o Brasil ou o Cabo Verde, etc.»
No passado sábado, 12 de junho, Olivença acolheu a primeira edição das “Lusofonias”, evento que contou com uma excelente aceitação entre oliventinos e visitantes que fruíram deste espaço cultural dedicado ao mundo lusófono, quer dizer, ao âmbito da herança cultural e linguística portuguesa.
Nas primeiras horas da manhã inaugurava-se o programa com a presença do presidente local, Manuel Cayado, da presidenta da Câmara Municipal de Táliga e deputada de Cultura, Inmaculada Bonilla, e o presidente da Junta da Estremadura, Guillermo Fernández Vara, bem como representantes de diversas instituições locais e da associação cultural Além Guadiana, organizadora das “Lusofonias”. O ato inaugural incluía a simbólica descoberta de uma das placas dos antigos nomes das ruas recém recuperados, nomeadamente a praça de Espanha, lugar da celebração, denominada no século XVI “Terreiro do Chão Salgado”.
Durante a manhã, as gaitas, os tambores e os gigantes e cabeçudos dos “Gigabombos do Imaginário” deram um caráter festivo às ruas e praças de Olivença antes de iniciar um dos atos mais emotivos, a Leitura Pública em Português, onde crianças, jovens e adultos leram de maneira contínua diversas obras em português, desde autores lusos como Saramago, Pessoa, Torga ou Camões até quadras populares oliventinas e obras de autores locais como Ventura Abrantes ou Caetano da Silva Souto-Maior, poeta oliventino do século XVIII conhecido como “o Camões do Rossio”.
O folclore teve o seu lugar com as atuações de Los Chaparritos de La Encina e das Cantadeiras de Granja antes das atividades da tarde, onde destacaram os sabores angolanos com o conta-contos “Estória da Galinha e do Ovo”, bem como as atuações dos alunos da escola “Francisco Ortiz” com canções em português, em torno aos quais se redemoinharam numerosas crianças com as suas famílias.
Paralelamente e ao longo de todo o dia, permaneceu aberta a zona expositiva com numerosos mostruários de artesanato, produtos gastronómicos e turismo de Portugal. O lugar converteu-se num agradável espaço onde fruir de atividades de teatro, animação de rua, literatura, cinema, música, gastronomia e artesanato.
Para o “Além Guadiana”, as “Lusofonias” pretendem não só valorizar as raízes portuguesas de Olivença, mas também aproximar as múltiplas e variadas manifestações dos países pertencentes ao âmbito lusófono, como Portugal, Moçambique, o Brasil ou o Cabo Verde, etc. A associação já planeia a segunda edição para o próximo ano.
Fonte: http://alemguadiana.blogs.sapo.pt/97034.html
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