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MIL: Movimento Internacional Lusófono | Nova Águia


Apoiado por muitas das mais relevantes personalidades da nossa sociedade civil, o MIL é um movimento cultural e cívico registado notarialmente no dia quinze de Outubro de 2010, que conta já com mais de uma centena de milhares de adesões de todos os países e regiões do espaço lusófono. Entre os nossos órgãos, eleitos em Assembleia Geral, inclui-se um Conselho Consultivo, constituído por mais de meia centena de pessoas, representando todo o espaço da lusofonia. Defendemos o reforço dos laços entre os países e regiões do espaço lusófono – a todos os níveis: cultural, social, económico e político –, assim procurando cumprir o sonho de Agostinho da Silva: a criação de uma verdadeira comunidade lusófona, numa base de liberdade e fraternidade.
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"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

"Trata-se, actualmente, de poder começar a fabricar uma comunidade dos países de língua portuguesa"

Nenhuma direita se salvará se não for de esquerda no social e no económico; o mesmo para a esquerda, se não for de direita no histórico e no metafísico (in Caderno Três, inédito)

A direita me considera como da esquerda; esta como sendo eu inclinado à direita; o centro me tem por inexistente. Devo estar certo (in Cortina 1, inédito)

Agostinho da Silva

sábado, 19 de junho de 2010

«Agostinho Neto tinha era um projecto de poder pessoal», diz Carlos Pacheco

Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola independente, “não tinha consistência ideológica, mas sim um projecto de poder pessoal”, defendeu hoje em Lisboa o historiador angolano Carlos Pacheco.

O historiador intervinha num seminário em que abordou os papéis de Agostinho Neto e Viriato da Cruz, também fundador do MPLA, à luz do cisma sino-soviético, na década de 1960.

Nesta terceira sessão do ciclo de seminários organizado pelo Instituto de História Contemporânea em parceria com o Instituto Português de Relações Internacionais, da Universidade Nova de Lisboa, subordinada ao tema "O cisma sino-soviético e os movimentos de libertação da África portuguesa”, Carlos Pacheco considerou que “o modelo de organização chinês já está presente nos primeiros documentos políticos do MPLA”, elaborados por Viriato da Cruz.

“O cisma sino-soviético em Angola teve um personagem principal: Viriato da Cruz, um maoista”, considerou o historiador, que interpreta o posterior afastamento daquele fundador do MPLA das estruturas de poder do movimento, em resultado “de purgas” internas, que anida hoje se manifestam no seio do partido no poder em Angola desde a independência.

Ao analisar as características das lideranças dos dois homens, Carlos Pacheco ressalta uma diferença substancial: “Viriato representa uma linha ideológica bem definida, para implantação de um determinado modelo político-ideológico. Neto não”.

“Duvido que Neto tenha sido, como o apontam, o rosto ideológico dos soviéticos”, acrescentou Carlos Pacheco, que reafirmou a “falta de consistência ideológica de Agostinho Neto”.

“E é essa falta de consistência, essa definição rigorosa ideológica que falta ao MPLA”, acrescentou.

O cisma sino-soviético marcou a década de 1960, quando a então União Soviética e a República Popular da China disputaram a hegemonia pela instauração de uma sociedade socialista, em que os movimentos de libertação em África foram, à época, um dos palcos de confronto ideológico.

No caso de Angola, particularmente do MPLA, a disputa ideológica aparece em 1962, em plena conferência nacional realizada em Leopoldville (actual Kinshasa), em que Viriato da Cruz se afasta da cúpula do movimento e parte para Pequim, onde viria a morrer, em 1973.

“Viriato da Cruz foi odiado pelo MPLA até à sua morte. Eles nunca esqueceram o papel que teve no apoio à FNLA e até à UNITA, tendo tido influência no envio da primeira remessa de armas chinesas, via Lusaca, para a organização de Jonas Savimbi”, recordou Carlos Pacheco.

O último reflexo do cisma sino-soviético em Angola jogou-se a 27 de Maio de 1977, quando a ala pró-soviética do MPLA esmagou a ala maoista, representada, entre outros, por Nito Alves, concluiu Carlos Pacheco.

Fonte: Notícias Lusófonas

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