Boas ideias essas para que a lusofonia não seja só um espaço de memória, mas que seja um espaço onde se vive a língua portuguesa ao quotidiano e onde se procure conhecer a realidade de cada um dos países membros de modo a criar de facto uma comunidade de interesses onde a língua possa ser um factor de união sem tentações neocolonialistas. E a propósito de televisão, é lastimável que nenhuma televisão portuguesa tenha transmitido a cerimónia de inauguração da CAN nem o jogo inaugural (Angola - Mali), nem o jogo de Moçambique. Afinal, mesmo com treinadores portugueses presentes, mesmo com jogadores que jogam nos melhores clubes europeus e também em Portugal, mesmo com uma importante comunidade africana e de portugueses descendentes de africanos, mesmo com todos estes argumentos não há um único meio de comunicação que tenha aproveitado a ocasião para ir para Angola e relatar os acontecimentos desportivos e aproveitar para mostra a Angola que se está a construir e o ambiente que se vive nas ruas. Mas provavelmente, o que interessa aos media é destruir mais do que construir, por isso o motivo de grande interesse foi o atentado contra a equipa do Togo por parte da FLEC... Espero sinceramente que um dia possamos viver num país sem preconceitos para com os africanos lusófonos e que nos permita criar a tal comunidade lusófona solidária o que não quer dizer acrítica.Pedro Veiga Pereira
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