Nós, provincianos como somos, achámos que comboio de alta velocidade, para ser realmente de alta velocidade, só poderia ter um nome francês. Quando a sigla óbvia seria CAV. Mas adiante.
Depois, foi a profusão de linhas. A este respeito, uma constatação pessoal. Por razões várias, em particular por causa dos lançamentos da NOVA ÁGUIA, sou um cliente habitual do Alfa, sobretudo do troço Lisboa-Porto (e vice-versa, claro está). Da gare do Oriente até Campanhã, a viagem faz-se em pouco mais de 2h30. Mas isto porque há zonas em que o comboio quase que tem que parar, em virtude do mau estado da linha. E porque não se reparam esses pequenos troços? Precisamente para que a viagem não se faça ainda mais depressa. Pois que assim o CAV faria ainda menos sentido…
Tenho para mim que, quanto muito, se justifica uma ligação Lisboa-Madrid e Porto (ou Braga) – Vigo. Até porque o CAV só se justifica para médias distâncias (ou seja, no nosso caso, para distâncias à escala ibérica). Ninguém, por exemplo, irá de comboio, mesmo a alta velocidade, até Paris ou Bruxelas. Pour ça, il y a l’avion…
3 comentários:
"marianíssimo" destino este de ser-se "avião" em terras de ideias rasteiras....:)
abraço sobre a distância.
Venho aqui dar uma ajudinha ao TGV e digo das minhas razões: em primeiro lugar porque - valha-me isso! - não é um termo anglófono («soa melhor» NATO,USA,HIV e ninguém protesta); depois CAV é assim um som cavo...cavo; E, por último, e indiscutivelmente o mais importante para nós (que eles não pensaram nisso), a maioria dos lusófonos dirá Trem de Grande Velocidade.
Não está mal de todo...!
Valeu, Jawa
Abraço, Isabel
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