Mar salgado, quanto do teu sal
Mar salgadu, kai kuantu di bos se sal
São lágrimas de Portugal!
Se largri di Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Treversah kum bos, kuantu mai ja chura
Quantos filhos em vão rezaram!
Kuantu fila filu ja reza seng per nada
Quantas noivas ficaram por casar
Kuantu noiba fikah nungka kazah
Para que fosses nosso, ó mar!
O mar fika nus se mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Teng se balor? Tudu teng balor
Se a alma não é pequena.
Si alma ngka keninu
Quem quer passar além do Bojador
Keng kerey passa rentu ne Bojador
Tem que passar além da dor.
Mesti tokar passa kum tantu sufra.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Dios ja dah mar eli se perigu kum se fundezu.
Mas nele é que espelhou o céu
Mas ne eli te speladu ungwa seo.
Poema enviado pela professora Madalena Canas que lecciona em Portugal, na Escola do Paião. O poema de Fernando Pessoa foi traduzido para Papia Português de Malaca.
Publicado em:
http://malaca-portugal.blogspot.com/2010_10_31_archive.html
No âmbito do Projecto Povos Cruzados, agradecemos à Revista Nova Águia, "mutu grandi merseh" pela publicidade feita ao nosso Jornal Papia Português com o nobre poema "Mar Português".
ResponderEliminarSaudações de Malaca
Obrigada
Abraço ao MIL
Cátia Bárbara Candeias
Coordenadora do Projecto
Povos Cruzados-Futuros Possíveis
Abraço MIL, Cátia
ResponderEliminar