quinta-feira, 11 de novembro de 2010

MAR PORTUGUÊS

Mar salgado, quanto do teu sal
Mar salgadu, kai kuantu di bos se sal

São lágrimas de Portugal!
Se largri di Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Treversah kum bos, kuantu mai ja chura

Quantos filhos em vão rezaram!
Kuantu fila filu ja reza seng per nada

Quantas noivas ficaram por casar
Kuantu noiba fikah nungka kazah

Para que fosses nosso, ó mar!
O mar fika nus se mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Teng se balor? Tudu teng balor

Se a alma não é pequena.
Si alma ngka keninu

Quem quer passar além do Bojador
Keng kerey passa rentu ne Bojador

Tem que passar além da dor.
Mesti tokar passa kum tantu sufra.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Dios ja dah mar eli se perigu kum se fundezu.

Mas nele é que espelhou o céu
Mas ne eli te speladu ungwa seo.


Poema enviado pela professora Madalena Canas que lecciona em Portugal, na Escola do Paião. O poema de Fernando Pessoa foi traduzido para Papia Português de Malaca.

Publicado em:
http://malaca-portugal.blogspot.com/2010_10_31_archive.html

2 comentários:

  1. No âmbito do Projecto Povos Cruzados, agradecemos à Revista Nova Águia, "mutu grandi merseh" pela publicidade feita ao nosso Jornal Papia Português com o nobre poema "Mar Português".

    Saudações de Malaca

    Obrigada

    Abraço ao MIL

    Cátia Bárbara Candeias
    Coordenadora do Projecto
    Povos Cruzados-Futuros Possíveis

    ResponderEliminar

CARO/A VISITANTE, CONTRIBUA NESTA DEMANDA. ACEITAREMOS TODOS OS COMENTÁRIOS, EXCEPTO
OS QUE EXCEDAM OS LIMITES DA CIVILIDADE.

ABRAÇO MIL.