sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fragmentos...

Casa Museu Ferreira de Castro, Ruela, 2007


[...] Papéis que jaziam no fundo, submersos pelos mais recentes, estão agora à flor dos outros; a cronologia restabeleceu-se e eles falam-me dos anos em que fui obrigado a vigiar o comportamento das palavras para além das suas imposições estéticas, nesta mesma secretária de onde eles deviam erguer voo, direitos à luz exterior, e quedaram afinal na escuridão das gavetas, como na de um túmulo.


Ferreira de Castro in Os Fragmentos

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